"Fino como você é, que tal o Copacabana Palace?"
A transcrição de uma conversa por WhatsApp entre o empresário José Antunes Sobrinho e Moreira Franco, de maio a junho de 2015, foi anexada ao pedido do Ministério Público Federal para a realização da operação Descontaminação, que levou hoje à prisão de Moreira e do ex-presidente Michel Temer. A conversa, segundo os procuradores, mostra a...

A transcrição de uma conversa por WhatsApp entre o empresário José Antunes Sobrinho e Moreira Franco, de maio a junho de 2015, foi anexada ao pedido do Ministério Público Federal para a realização da operação Descontaminação, que levou hoje à prisão de Moreira e do ex-presidente Michel Temer.
A conversa, segundo os procuradores, mostra a "relação de compadrio" entre os dois e a influência de Moreira na máquina estatal. Já tendo deixado a presidência da Caixa Econômica na época, o ex-ministro queria ajudar Sobrinho, que se tornou delator da Lava Jato, a resolver uma pendência com a instituição.
A troca de mensagens começa em 7 de maio, quando Moreira procura Sobrinho. O futuro delator diz que "trouxe chá da China" e combina um encontro na semana seguinte.
"Fino como você é, que tal o Copacabana Palace?", sugere o ex-ministro, no desenrolar da conversa, no dia 13 de maio. O empresário aceita, mas o almoço não chega a ser realizado e a troca de mensagens sobre o "problema lá na Caixa" vai até o dia 23 de junho.
As mensagens mostram como Moreira e Sobrinho eram próximos, para a Lava Jato. E reforçam a informação dada pelo empresário de que Moreira o levou para almoçar com o então vice-presidente Michel Temer em 2014.
O almoço teria sido para acertar que a Engevix, consórcio do delator, tivesse condições de vencer fraudulentamente licitações na área de aeroportos e assim ter condições de repassar recursos para João Baptista Lima Filho. O coronel Lima, amigo de Temer, cobrava propinas de Sobrinho por um contrato da Engevix com a Eletronuclear.
No pedido que fez ao juiz Marcelo Bretas, a força-tarefa da Lava Jato no Rio ressaltou que os casos que investigam estão relacionados a crimes comuns, e não à arrecadação de recursos para campanhas eleitorais. Eles querem evitar que o caso vá para a Justiça Eleitoral, a partir do entendimento determinado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal.
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Comentários (6)
Amauri
2019-03-21 23:59:36O STF vai soltar todo mundo, dizendo que não há provas. Questão de alguns dias
Lucia
2019-03-21 21:41:18Ver o Angorá preso não tem preço!! Aliás, o Rio deveria decretar o dia de hoje como o “Dia do Político Corrupto Preso” e dedicá-lo à Cabral, Pezão, Moreira, Garotinho & Garotinha, Picciani, Cunha, e tantos outros que já foram ou serão presos. Maravilha!
Alecsandra
2019-03-21 20:22:24Vocês não informaram como a polícia federal teve acesso a essa conversa de WhatsApp. Eu queria saber.
Thereza
2019-03-21 18:21:48Muito boa a prisão de Moreira. Mas é o STF? E o Dirceu?
MARCELOWAC
2019-03-21 16:28:15A Lava Jato contra ataca!!
Cirval
2019-03-21 15:58:49Tem que manter isso, viu?