Sócio de empresa ligada a Barros pede ao STF para ficar em silêncio na CPI
A defesa do sócio-diretor da Belcher Farmacêutica, Emanuel Ramalho Catori, pediu ao Supremo Tribunal Federal que autorize o empresário a permanecer em silêncio durante depoimento à CPI da Covid agendado para a próxima terça-feira, 24. Sediada em Maringá, base eleitoral de Ricardo Barros (foto), a Belcher pertence, além de Catori, a Daniel Moleirinho Feio Ribeiro,...
A defesa do sócio-diretor da Belcher Farmacêutica, Emanuel Ramalho Catori, pediu ao Supremo Tribunal Federal que autorize o empresário a permanecer em silêncio durante depoimento à CPI da Covid agendado para a próxima terça-feira, 24.
Sediada em Maringá, base eleitoral de Ricardo Barros (foto), a Belcher pertence, além de Catori, a Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, amigo pessoal do líder do governo na Câmara.
A empresa atuou como intermediária do laboratório chinês CanSino na negociação com o Ministério da Saúde pelo fornecimento de 60 milhões de doses da vacina Convidencia ao custo de 5 bilhões de reais. As tratativas eram apoiadas pelos bolsonaristas Luciano Hang e Carlos Wizard, mas não levaram à consolidação de um contrato.
Em habeas corpus protocolado na noite de quinta-feira, 19, os advogados de Catori afirmam que a CPI não esclareceu em qual condição o empresário será ouvido. Lembraram, porém, que a comissão autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário do sócio da Belcher, o que indica que ele falará como investigado.
A defesa pede, assim, que o STF garanta a Catori o direito de não responder a questões que possam levá-lo à autoincriminação. "Isso porque, como vem sendo amplamente noticiado e com todas as vênias ao Senado Federal e aos membros da CPI, há a possibilidade do ora paciente ser coagido pelos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito, uma vez que muitas das testemunhas e investigados, já ouvidos, foram tratadas de modo intimidatório, inclusive, sendo ameaçadas com 'voz de prisão', quando se entendeu que essas estariam supostamente mentindo ou não respondendo as perguntas realizadas pelos Senadores, nos termos por eles pretendidos", escreveram.
Em depoimento à CPI da Covid, Barros admitiu conhecer o empresário. "Ele é sócio da Belcher, com o Daniel Moleirinho, que é filho do meu amigo Francisco Ribeiro Filho", disse. "É um relacionamento que... É sócio do meu amigo, eventualmente estamos juntos em alguma confraternização".
O deputado, que atuou como ministro da Saúde entre 2016 e 2018, porém, afirmou que jamais agiu para abrir as portas da pasta para a Belcher na negociação de vacinas. "Eu não estive presente em nenhuma reunião com a Belcher para tratar da CanSino", alegou.
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Comentários (1)
Jose
2021-08-20 18:52:54Os esgotos Bozistas, eles falam tudo. Diante da CPI, querem ficar mudos. O que isso significa? Covardia! Muares Bozistas são covardes. Vejam o caso do velhaco da porteira. Sujou toda a biografia por tramar contra a república. Cadeia nele!