Casa Civil não gravou nem produziu ata de reunião com farmacêuticas na mira da CPI
A Casa Civil não tem registros, e-mails ou mesmo a ata de uma reunião convocada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos (foto) em 10 junho com executivos da indústria farmacêutica e os ministros Carlos França, das Relações Exteriores, Marcelo Queiroga, da Saúde, Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia e Tereza Cristina, da Agricultura. O encontro contou...
A Casa Civil não tem registros, e-mails ou mesmo a ata de uma reunião convocada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos (foto) em 10 junho com executivos da indústria farmacêutica e os ministros Carlos França, das Relações Exteriores, Marcelo Queiroga, da Saúde, Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia e Tereza Cristina, da Agricultura.
O encontro contou com a presença de representantes das empresas EMS e Eurofarma, que estão na mira da CPI da Covid por terem sido beneficiadas pelo Itamaraty na obtenção de insumos na Índia para fabricação de cloroquina. Naquele mesmo dia 10 de junho, reportagem do jornal O Globo revelou que o próprio presidente Jair Bolsonaro atuou em favor das empresas EMS e Apsen em telefonema com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Como mostrou Crusoé, o senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, agiu para blindar a EMS de pedidos de quebra de sigilo na comissão.
"Informamos que a pauta da reunião realizada em 10 de junho de 2021 foi o PL 1343/2021, que dispõe sobre a autorização para que estruturas industriais destinadas à fabricação de produtos de uso veterinário sejam utilizadas na produção de vacinas contra a covid-19 no Brasil", informou a Casa Civil a Crusoé, por meio da Lei de Acesso à Informação. "Não foram produzidos atas ou outros documentos, antes ou depois da reunião, no âmbito desta Casa Civil, e não houve gravação audiovisual da reunião", afirma o Planalto.
O senador Luiz Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, um dos cabeças da tropa de choque do governo na CPI da Covid, também participou do encontro. Ele é um dos entusiastas do projeto, que foi aprovado pelo Congresso no fim daquele mês e sancionado por Jair Bolsonaro no final da semana passada. O autor da matéria é o senador Wellington Fagundes, do PL, um dos expoentes do Centrão no Senado.
Segundo o texto aprovado pelo Congresso, as empresas que produzem vacina para gado e que convertessem suas fábricas para a produção de imunizantes contra a Covid-19 poderiam receber um incentivo fiscal do governo federal, mas a possibilidade foi vetada por Bolsonaro, atendendo a um pedido do Ministério da Economia.
Além de Eurofarma e EMS, participaram da reunião de 10 de junho no Planalto representantes de laboratórios que produzem medicamentos para animais, Ourofino e Ourosafra, além dos grupos farmacêuticos, Biomm, Bionovis e Orygen. O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal e o grupo FarmaBrasil – associação de gigantes da indústria de remédios – também enviaram representantes.
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Comentários (10)
AKUMA
2021-07-20 09:26:35a foto é engraçada , quando todo o pais sabe que o general com aparencia HARD CORE toma vacina escondido ..., porque quer viver. só rindo da palhaçada.
Jose
2021-07-19 20:00:45Kkkkkkkkkkk. Estão violando todas as regras básicas de um governo decente e transparente? Qual a razão? Simples, este não é um governo decente e transparente. Simples assim! #Bozofazharakiri.
PAULO
2021-07-19 20:00:42A JBS teve uma ascensão extraordinária, quando os donos perceberam que o core business deles não era engordar bezerro, e sim engordar bezerra, como o Fernando Bezerra. EMS na gestão do fundador, o Emiliano Sanches, não teve a mesma performance que a gestão do filho, Carlinhos Sanches. Os vendedores das antigas, quando iam trabalhar noutra praça, gastavam com putas e lançavam como despesa com martelada. Putas que abrem às pernas são só despesas. Já as de Brasília, são investimento lucrativo.
MARCOS
2021-07-19 19:25:36Reunião top secret
Sillvia2
2021-07-19 18:11:11Essa cambada toda de pretensos entendidos em remédios, especialmente o despreparado JB, deveria renunciar aos cargos públicos, que nos custam tanto dinheiro, voltar a estudar e após estudos concluídos, passar a opinar e indicar medicamentos aos incautos que aceitam seu receituário…
Maria
2021-07-19 18:06:42Eita a treta aí é grande por isto nada está documentado deve ser como diz Bolsonaro pelados na piscina.
Ricardo
2021-07-19 16:11:08Reunião oficial sem ata é tetra na certa.
Antônio de Oliveira Neto
2021-07-19 15:53:26O Senador luiz Carlos Henze merece uma investigação referente fabricação das vacinas, será que as vendas de kit covid não foi suficiente para seus planos?
Mara
2021-07-19 15:46:38Práticas milicianas. Tudo por debaixo dos panos e a desestruturação da República, do Estado, das instituições.
Mara
2021-07-19 15:42:43Este governo não tem protocolos, pois tudo é nebuloso, paralelo, extraoficial. É um absurdo! Fora Bolsonaro, fora Lula.