Roberto Dias pede acesso a documentos que o mencionam na CPI
Roberto Ferreira Dias (foto) pediu à CPI da Covid acesso a todos os documentos que o mencionem. O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde quer analisar, por exemplo, a quebra dos próprios sigilos bancários. Para obter os dados, os advogados de Ferreira Dias fazem menção à Súmula Vinculante nº 14 do Supremo Tribunal Federal....
Roberto Ferreira Dias (foto) pediu à CPI da Covid acesso a todos os documentos que o mencionem. O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde quer analisar, por exemplo, a quebra dos próprios sigilos bancários.
Para obter os dados, os advogados de Ferreira Dias fazem menção à Súmula Vinculante nº 14 do Supremo Tribunal Federal. O texto estabelece que "é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa".
Ferreira Dias está no centro de dois episódios controversos da Saúde. O irmão do deputado Luis Miranda e chefe da Divisão de Importação do ministério, Luis Ricardo Miranda, o acusa de exercer "pressão atípica" pelo sinal verde à Covaxin, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos.
Luis Ricardo se recusou a assinar notas fiscais do imunizante em meados de março após constar irregularidades. As invoices previam, por exemplo, o pagamento antecipado pelo ministério de 45 milhões de dólares a uma offshore ligada à Bharat e sediada em Cingapura, cujo nome não constava do contrato.
Em outra ponta, o policial militar e representante comercial da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti, sustenta que o ex-diretor de Logística exigiu propina ao receber uma proposta de fornecimento de 400 milhões de doses de imunizantes da AstraZeneca. Ferreira Dias, segundo Dominguetti, pediu um dólar por dose negociada para trabalhar pelo fechamento do contrato.
Além disso, em depoimento à CPI da Covid, Cristiano Alberto Carvalho, outro vendedor da Davati, afirma que Ferreira Dias o procurou insistentemente para tratar sobre vacinas. A Crusoé, a empresa admitiu não representar a AstraZeneca, tampouco deter os imunizantes prometidos ao ministério.
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