Dias detalha suposta recusa de promoção a Luis Ricardo Miranda
O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias (foto) deu detalhes à CPI da Covid sobre o suposto episódio em que negou uma promoção a Luis Ricardo Miranda, servidor da pasta e irmão do deputado Luis Miranda, que o acusou de exercer "pressão atípica" pela liberação da importação da Covaxin, vacina contra...
O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias (foto) deu detalhes à CPI da Covid sobre o suposto episódio em que negou uma promoção a Luis Ricardo Miranda, servidor da pasta e irmão do deputado Luis Miranda, que o acusou de exercer "pressão atípica" pela liberação da importação da Covaxin, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.
De acordo com Ferreira Dias, Luis Ricardo o procurou após a exoneração de Alex Lial Marinho do cargo de coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde do Departamento de Logística. A demissão foi publicada em 8 de junho.
"Após a exoneração do tenente-coronel Alex, que retornou ao Exército, porque acabou o tempo de cessão dele, o cargo ficou vazio e foi quando ele me fez esse pedido e eu não dei procedência, não concordei", alegou Ferreira Dias. Questionado sobre a justificativa para a negativa, o ex-diretor de Logística do ministério disse entender que Luis Ricardo "não tinha perfil para o cargo".
O posto que era ocupado por Lial Marinho, enquadra-se entre os cargos de Direção e Assessoramento Superior, com código DAS-101.4. A remuneração extra para os titulares é de 10.373,30 reais, segundo tabela do governo federal.
Luis Ricardo, desde junho de 2018, chefia a Divisão de Importação. O cargo dele está entre as funções comissionadas do poder Executivo, com código FPE - 101.2, cujo repasse extra é de 2.064,44 reais.
À CPI da Covid, Luis Ricardo citou os nomes de Roberto Ferreira Dias e Alex Lial Marinho como responsáveis por uma "pressão atípica" pela liberação da importação da Covaxin. As denúncias foram repassadas ao presidente Jair Bolsonaro em 20 de março, durante reunião no Palácio da Alvorada.
Luis Ricardo relatou ter se negado a assinar invoices relativos ao imunizante. As notas fiscais tinham irregularidades, como a previsão de pagamento antecipado de 45 milhões de dólares à Madison Biotech, uma offshore ligada à Bharat e sediada em Cingapura, um "paraíso fiscal". O nome da Madison, porém, não consta do contrato da Covaxin.
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Comentários (2)
Patricia
2021-07-07 15:40:13Como se isso desqualificasse a denúncia.
Jose
2021-07-07 15:37:59Huuum. Agora dirá que é tudo coisa de pequenas desavenças pessoais. Quem acredita?