Cármen Lúcia autoriza inquérito para investigar Ricardo Salles
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta quarta-feira, 2, a abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto). A decisão atende pedido da Procuradoria-Geral da República. O órgão requereu a apuração com base na notícia-crime em que o delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, acusa o ministro...
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta quarta-feira, 2, a abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto).
A decisão atende pedido da Procuradoria-Geral da República. O órgão requereu a apuração com base na notícia-crime em que o delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, acusa o ministro de atrapalhar as investigações que levaram à apreensão de 131 mil metros cúbicos de madeira no Amazonas - tida como a maior da história.
"A investigação depende da realização das providências requeridas pelo Ministério Público para o esclarecimento dos fatos", anotou. Cármen Lúcia fixou prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito. A PGR vai apurar se Salles cometeu os seguintes crimes:
- advocacia administrativa;
- obstar ou dificultar a fiscalização ambiental;
- impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
A ministra autorizou a oitiva de Ricardo Salles, bem como de proprietários rurais, de agentes de fiscalização do Ibama e de integrantes da PF vinculados à Operação Handroanthus. Além disso, permitiu a requisição de cópia integral dos procedimentos de fiscalização relativos aos ilícitos ambientais.
A magistrada, contudo, não autorizou a investigação do senador Telmário Mota, em alinhamento à PGR. Embora Alexandre Saraiva tenha mencionado o congressista na notícia-crime, Cármen Lúcia frisou a ausência de "lastro probatório mínimo" para que o inquérito alcançasse o parlamentar.
Em outro despacho, a ministra ordenou que a PGR apresente parecer a condição de Eduardo Bim, afastado da presidência do Ibama. "É de se anotar que, conquanto conste expressamente da notícia-crime fatos imputados a Eduardo Bim, quanto a ele nenhum requerimento foi apresentado pelo Ministério Público, tendo o parecer se omitido nesse ponto".
Salles ainda é alvo de um inquérito no STF por suspeita de facilitar a exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos. Nessa investigação, a PF destacou que o Coaf detectou transações financeiras atípicas na conta do escritório de advocacia do ministro, que movimentou 14,1 milhões de reais entre 2012 e 2020.
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Comentários (4)
PAULO
2021-06-03 10:15:58Bolsonaro só tem um objetivo pelo que analiso. Implantar no Brasil o Capitalismo de Milícia. Vai minando às instituições, como um câncer que avança sobre um órgão, depois outro, até termos uma metástase, não podendo mais ser possível a cura. "Se a miséria dos pobres não é causada pelas leis da natureza, mas pela INÉPCIA das intuições, é grande o nosso pecado." Às instituições apenas assistem a evolução dessa doença. Desmatamento ilegal é uma evolução das construções ilegais de Rio das Pedras.
Marcia
2021-06-03 08:06:03Salles fez o que fez pq alguém mais lucrou e vai agora protegê-lo, quem será o gehnocihda???
Jose
2021-06-03 07:52:13A moçada da Papuda está agitada esperando o Salles para umas festinhas no sábado à noite. Salles, o teu caminho já está definido: cadeia, cadeia, cadeia!
Bruno
2021-06-02 23:46:34Provavelmente é pilantra, como a maioria dos seus pares. Agora notícia mesmo vai ser quando o STF deixar investigar o Toffoli e os negócios do Gilmar.