Ministério da Justiça contesta OCDE e nega retrocessos no combate à corrupção
O ministro da Justiça, Anderson Torres (foto), enviou ofício à Câmara dos Deputados nesta semana para contestar as razões que levaram a OCDE a criar, no início do ano, um grupo destinado a monitorar o que chamou de "retrocessos do Brasil no combate à corrupção" durante o governo de Jair Bolsonaro. Citando um despacho da...
O ministro da Justiça, Anderson Torres (foto), enviou ofício à Câmara dos Deputados nesta semana para contestar as razões que levaram a OCDE a criar, no início do ano, um grupo destinado a monitorar o que chamou de "retrocessos do Brasil no combate à corrupção" durante o governo de Jair Bolsonaro.
Citando um despacho da Polícia Federal, a pasta nega que os retrocessos tenham acontecido. "Embora não seja possível aferir, do ponto de vista objetivo, os critérios que levaram a OCDE a alardear um suposto enfraquecimento das ações anticorrupção, importante ressaltar que os dados operacionais do ano de 2020 revelam, ao revés, um significativo recrudescimento dos resultados de investigações da Polícia Federal relacionadas ao combate à corrupção", diz o documento. "As objeções articuladas pela OCDE, portanto, parecem não se coadunar com os efetivos resultados operacionais alcançados pela Polícia Federal no ano de 2020, os quais, paradoxalmente, traduzem uma marca histórica", acrescenta.
A OCDE chegou a visitar o Brasil em novembro de 2019 para expressar suas preocupações com relação à nova lei de abuso de autoridade e à decisão do então presidente do STF, Dias Toffoli, de paralisar investigações em todo o país que fizessem uso, sem autorização da Justiça, de relatórios do Coaf. A liminar, que protegeu Flávio Bolsonaro, foi derrubada no final daquele ano.
Nesta semana, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que o presidente Jair Bolsonaro, após negociação com o Congresso, cortou verbas do Orçamento que seriam destinadas à modernização do Coaf, um dos principais mecanismos de combate à lavagem de dinheiro. Outros gestos do Legislativo, que contam com apoio da base aliada do governo, como a nova lei de improbidade administrativa e a revisão da lei de lavagem de dinheiro, também preocupam instâncias internacionais.
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Comentários (8)
Aridne
2021-05-19 00:35:27É simples! Enviem p/ gente (brasileiros, pagadores de impostos, seres humanos...) o site p/ informarmos à OCDE como é ou q sobrou da justiça no nosso país!
FERNANDO ANDRADE
2021-05-14 18:10:54Brasil é uma piada pronta.
FERNANDO ANDRADE
2021-05-14 18:08:36Autoridades piadistas, só no brasil.
MARCOS
2021-05-14 13:00:55Só a velhinha de Taubaté não sabe que a corrupção voltou e voltou muito forte.
José
2021-05-14 12:53:48Todo essa corrupção com anuência do STF
ARNALDO
2021-05-14 12:49:32Este é um desgoverno que propaga desinformações! E a ajuda para blindar o filhinho não conta?
Ricardo
2021-05-14 12:22:54O que mais impressiona é a desfaçatez que essa turma tem... simplesmente acham que somos idiotas...
HansRudolf Zollinger
2021-05-14 08:40:51Análise perfeita de Carlos F. S. Lima (Crusoé de 14.05.2021). STF possibilitou a reeleição do Lula. O PR ajudou-o, eliminando Moro e Lava-Jato. O povo, por ignorância e/ou comodidade não se revolta. Conclusão: ou as FFAA resgatem CF e democracia, ou o Brasil vira uma Venezuela.