Itamaraty está 'muito aquém do desejado pelo Brasil', afirma Pacheco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), afirmou nesta quinta-feira, 25, que o Itamaraty, comandado por Ernesto Araújo, está "muito aquém do desejado pelo Brasil". O parlamentar citou a necessidade de uma "mudança de rumo" na política externa brasileira. Pacheco manifestou-se um dia após o Senado receber Ernesto em uma audiência, na qual parlamentares chegaram a...
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), afirmou nesta quinta-feira, 25, que o Itamaraty, comandado por Ernesto Araújo, está "muito aquém do desejado pelo Brasil". O parlamentar citou a necessidade de uma "mudança de rumo" na política externa brasileira.
Pacheco manifestou-se um dia após o Senado receber Ernesto em uma audiência, na qual parlamentares chegaram a pedir que o chanceler deixe o posto. O presidente da casa admitiu a "frustração" de colegas quanto à política estabelecida no Ministério das Relações Exteriores.
Na avaliação do senador, o Brasil precisa se posicionar de forma mais diplomática nas relações internacionais. "Muito além da personificação ou do exame do trabalho específico de um chanceler, o que se tem que mudar é a política externa do Brasil. Evidentemente, que precisa ser aprimorada, melhorada", pontuou.
E prosseguiu: "As relações internacionais precisam ser mais presentes, com um ambiente de maior diplomacia. Isso é algo que está evidenciado a todos. Não só ao Congresso, mas a todos os brasileiros que enxergam essa necessidade de o Brasil ter uma representatividade externa melhor do que tem hoje".
Pacheco afirmou que, no enfrentamento da pandemia, o país cometeu sucessivos erros. Um dos mais lesivos, na avaliação do senador, partiu do Itamaraty. "Um dos erros foi o não estabelecimento de uma relação diplomática, de produtividade, com diversos países que poderiam ser colaboradores nesse momento agudo de crise que temos no Brasil".
Para o presidente, no entanto, ainda há tempo para a mudança. "Infelizmente, perdemos muitas vidas no Brasil em razão de uma conjuntura muito variada, não é uma responsabilidade única de alguém ou de um ministério. É um problema nacional que precisamos enfrentar. O que precisamos agora é mudar o rumo dessa política externa para termos parcerias internacionais".
Indagado se defende a exoneração de Ernesto Araújo, o senador se esquivou. "Considero que só pode demitir aquele que admite. Esse é o papel do presidente da República. É uma prerrogativa do presidente da República e ele haverá de tomar as melhores decisões para melhorar o governo", analisou. "Cabe ao presidente decidir quem é o melhor nome para ser o chanceler do Brasil: se é o ministro atual ou outro ministro."
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Comentários (3)
SONIA
2021-03-29 10:37:25O senador polivalente agora quer lacrar na política externa. Ah, se cada um tratasse da sua própria vida...
Jaime
2021-03-25 17:46:36Bolsonaro, meu velho, esse Pacheco tá se transformando num Maia da vida. Veja a votação no STF? Apesar da independência entre os Poderes significar q, mesmo o Presidente escolhendo ministro do STF, o fato deste passar por sabatina no Congresso significa q Bolsonaro não tem influência sobre ele. Se tivesse, o Senado o barraria. Ainda assim, Pacheco e seus pares scusaram Bolsonaro de traição em razão de Kássio Marques não votar a favor da suspeição de Moro. Ou seja: acordão sendo desfeito.
Vasconcellos
2021-03-25 16:31:08Ao menos na aparência, o Itamarati sempre foi um símbolo de nobreza entre os órgãos federais. Até a chegada de Bolsonaro, quando nossa chancelaria virou algo mais parecido com um circo. Com um palhaço errático no comando. Um palhaço que não faz o público rir.