O índio que pode atrapalhar o candidato de Rafael Correa no Equador
O candidato a presidente do Equador Andrés Arauz, o escolhido do bolivariano Rafael Correa, foi o vencedor no primeiro turno das eleições realizadas neste domingo, 7. Ele teve 32% dos votos, com 97% das urnas apuradas. A grande surpresa pode estar em quem irá com ele para o segundo turno, no dia 11 de abril....
O candidato a presidente do Equador Andrés Arauz, o escolhido do bolivariano Rafael Correa, foi o vencedor no primeiro turno das eleições realizadas neste domingo, 7. Ele teve 32% dos votos, com 97% das urnas apuradas.
A grande surpresa pode estar em quem irá com ele para o segundo turno, no dia 11 de abril. Os institutos de pesquisas sinalizavam que seria o ex-banqueiro Guillermo Lasso, que está tentando a presidência pela terceira vez. Lasso está com 19,63%. "Nossa vitória foi de 2 a 1 contra o banqueiro", comemorou Arauz nas redes sociais.
Contudo, na contagem desta segunda, 8, Lasso foi ultrapassado pelo indígena Yaku Pérez (foto), que está com 19,81%. Se Pérez passar para o segundo turno, haverá dois candidatos de esquerda concorrendo pela presidência.
Mas as diferenças entre eles são marcantes. Enquanto Arauz já disse que fará todo o possível para trazer de volta Rafael Correa, que vive na Bélgica, Pérez se coloca como uma alternativa à esquerda corrupta e autoritária de Correa, que foi condenado a oito anos de prisão por corrupção.
Pérez ganhou fama nacional nos protestos contra projetos de mineração entre 2013 e 2019, durante o governo de Correa, e nas manifestações de indígenas contra o aumento do preço da gasolina.
"Se passar para o segundo turno, Pérez pode vencer. Ele representa uma corrente antigovernamental que defende um acordo nacional que inclua um segmento mais diversificado da população", diz o cientista político equatoriano Cesar Ulloa, da Universidade das Américas, em Quito. "Além disso, ele se desenvolve melhor nos debates e foi o único que encarou o correísmo de frente."
Pérez se nega a negociar com o FMI, mas aceita fazer um acordo comercial com os Estados Unidos. Ele reclama das políticas agressivas da China em relação aos direitos humanos e ao extrativismo. O candidato acredita que o combate à corrupção ajudará a levantar a economia do Equador. Também propõe reduzir os salários do presidente e de outros funcionários. "Pérez ainda lidera as causas com as quais os jovens se relacionam, como meio ambiente, as diversidades sexuais, de gênero e as liberdades." Se passar para o segundo turno, ele poderá dar bastante trabalho para Rafael Correa.
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Comentários (4)
RONALDO
2021-02-09 08:58:53Lamentavelmente, índio não tem nome
VALDERES
2021-02-08 19:07:58Dois candidatos à esquerda? Pobre Equador. Vão chorar as lágrimas que os brasileiros derramaram quando FHC e os petralhas comandaram o Brasil. Incompetência e corrupção, assim, coladinhos.
Heraldo Marques Figueiredo
2021-02-08 17:52:08"à" presidente com crase, Duda? Na Crusoé pode não.
Maria
2021-02-08 13:29:26Lutar contra corrupção? Não vai conseguir. A máquina é bem lubrificada e não trava facilmente. “Periga” do tal Pérez gostar dos frutos que a corrupção dá e se tornar guloso voraz. Desastre habitual. Nós, sul-americanos, morreremos engasgados com bananas.