União Europeia 'manterá compromisso' com Juan Guaidó e deputados eleitos em 2015 na Venezuela
A União Europeia repudiou nesta quarta-feira, 6, a instalação de uma nova legislatura na Assembleia Nacional da Venezuela escolhida por meio de eleições fraudadas pela ditadura de Nicolás Maduro em 2020. Com isso, o bloco europeu anunciou que seguirá em contato com Juan Guaidó, líder da oposição, e com os demais deputados da Assembleia Nacional eleita...
A União Europeia repudiou nesta quarta-feira, 6, a instalação de uma nova legislatura na Assembleia Nacional da Venezuela escolhida por meio de eleições fraudadas pela ditadura de Nicolás Maduro em 2020. Com isso, o bloco europeu anunciou que seguirá em contato com Juan Guaidó, líder da oposição, e com os demais deputados da Assembleia Nacional eleita em 2015.
"A Venezuela precisa urgentemente de uma solução política para acabar com o atual impasse por meio de um processo inclusivo de diálogo e negociação que conduza a processos credíveis, inclusivos e democráticos, incluindo eleições locais, presidenciais e legislativas", diz um comunicado divulgado pelo Conselho Europeu.
"Nesse contexto, a UE manterá o seu compromisso com todos os atores políticos e da sociedade civil que procuram trazer de volta a democracia à Venezuela, nomeadamente Juan Guaidó e outros representantes da Assembleia Nacional cessante eleita em 2015, que foi a última expressão livre dos venezuelanos em um processo eleitoral", acrescenta a declaração assinada por Josep Borrell (foto), alto representante da UE.
"A falta de pluralismo político e a forma como as eleições foram planejadas e executadas, incluindo a desqualificação de líderes da oposição, não permitem que a UE reconheça este processo eleitoral como credível, inclusivo ou transparente. A União Europeia lamenta profundamente que a Assembleia Nacional tenha assumido o seu mandato em 5 de janeiro com base nestas eleições não democráticas", critica o comunicado.
Ao contrário do Brasil e de outros países do Grupo de Lima, os europeus não afirmam expressamente que continuarão reconhecendo Guaidó como presidente interino do país. Ontem, ao lado de 11 países, o Itamaraty divulgou comunicado em que os signatários reconhecem "a existência da Comissão Delegada chefiada por sua legítima Junta Diretiva, estabelecida pela Assembleia Nacional, presidida por Juan Guaidó".
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Comentários (1)
Aguia
2021-01-06 17:34:44“Tristeza...não tem fim...”