Após 9 meses parado em SP, inquérito sobre Oi e Lulinha é enviado ao Rio
Depois de nove meses parado na Justiça Federal de São Paulo, o inquérito que investiga os pagamentos de 132 milhões de reais feitos pelo grupo Oi/Telemar a empresas ligadas a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto), será enviado para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da gigante de telefonia. Trata-se do...
Depois de nove meses parado na Justiça Federal de São Paulo, o inquérito que investiga os pagamentos de 132 milhões de reais feitos pelo grupo Oi/Telemar a empresas ligadas a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto), será enviado para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da gigante de telefonia.
Trata-se do terceiro destino da investigação iniciada em 2016 pela força-tarefa da Lava Jato de Curitiba sobre uma possível conexão dos repasses feitos às empresas do filho primogênito do ex-presidente Lula e o caso do sítio de Atibaia, cujos donos eram sócios de Lulinha.
Em dezembro do ano passado, os procuradores do Paraná deflagraram a Operação Mapa da Mina, para aprofundar a apuração a respeito das transações feitas entre a Oi/Telemar e as empresas do grupo Gamecorp/Gol. Uma série de documentos foram apreendidos nas sedes das companhias e em endereços ligados a Lulinha, a Jonas Suassuna e aos irmãos Kalil e Fernando Bittar.
Em março deste ano, a pedido da defesa de Lulinha, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o TRF-4, enviou o caso para São Paulo, acolhendo o argumento de que não havia relação com o processo do sítio de Atibaia, que resultou na condenação de Lula a 17 anos de prisão.
A Mapa da Mina, então, foi distribuída para a 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, fato comemorado por Lulinha e pelo sócio Kalil Bittar em um convescote regado a vinho, como mostrou Crusoé naquele mês. Recentemente, os advogados fizeram um novo pedido judicial para anular toda a operação porque a Justiça do Paraná não teria competência para decidir sobre o caso.
Na última segunda-feira, 7, a juíza substituta da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fabiana Alves Rodrigues, decidiu, então, remeter todo o inquérito para o Rio de Janeiro, com o argumento de que a maior parte dos supostos crimes de lavagem de dinheiro sob investigação teriam ocorrido em solo fluminense, onde também fica a sede da Oi. Na decisão, a magistrada afirma que o caso não tem relação com a Operação Lava Jato e, por isso, deve ser distribuído livremente no Rio e não para força-tarefa fluminense.
"Vê-se que, no estágio em que se encontram as investigações, há elementos que indicam a ocorrência de maior número de crimes de lavagem de dinheiro supostamente praticado no Rio de Janeiro/RJ. Essa conclusão parece compatível como fato de que o Grupo Oi/Telemar, principal empresa envolvida com os fatos e que seria o elo de conexão como governo federal, na hipótese investigatória apresentada pelo MPF e que justificaria a competência federal, tem sede na capital fluminense", escreveu a juíza.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Antonio G
2020-12-12 11:42:17São 123 milhões. Não são os 1,2 milhoes do Queiroz que na verdade são 600 mil por que somaram a entrada e a saída da conta dele. Claro que crime é crime, independentemente do valor, mas penso que 123 milhões deveriam provocar manchetes na mídia em geral e não só na Crusoé.
Antonio G
2020-12-12 11:40:05Essa notícia certamente não sairá na Globo. Pelo que se vê, enviando de um lado para outro e com os prazos conhecidos, vai caminhando para que em alguns anos alguma coisa chame a atenção de algum juiz e mesmo com alguma condenação, os supostos criminosos podem até ter a chance de sairem livres pelo prazo.
Edmundo
2020-12-11 21:11:49Isto tem vira manchete nas TVs!
André
2020-12-11 17:33:31Tem que botar essa gentalha na cadeia! Bando de parasitas inúteis!
Silvino
2020-12-11 11:54:01Pedidos de vistas em processo, sem prazo para análise, processos na gaveta sem qualquer movimentação, e ninguém pede solução de ninguém. Esse é Brasil que queremos , acho que não. Quando chegar a hora da sentença, se chegar, teremos pela frente a famosa prescricão, adorada pelos empresários e políticos alvejados por qualquer acão judicial. Sem contar é claro, com a Suprema Tragédia Federal que incorpora tudo isso e aciona o gatilho da impunidade.
José
2020-12-11 11:26:33Lulinha, Renanzinho, Renan ... eta Brasilzinho
José
2020-12-11 06:51:44Quando vão encanar esse ladraozinho
Odete6
2020-12-11 02:26:05Seria maravilhoso se a justiça "passasse o rodo" c/ a mesma eficiência, probidade, rapidez e competência da PF e da RF!!! Teríamos o país há muito saneado c/ essas 2 subespécies de criminosos corruptos lesa-pátria totalmente isoladas da sociedade num presídio de segurança máxima: a marginalha petralha e a marginalha bolsonalha e as crias de ambas!!! Cadeia urgente pra todos esses predadores repugnantes!!! Já intolerantemente passou da hora e a eterna demora revolta e abusa da nossa paciência!!!!
Claudio
2020-12-11 00:39:10Melhor lugar para roubar é aqui ... sem duvida
Maria
2020-12-11 00:10:37Nunca é tarde para se fazer o certo.