EUA apontam fraudes eleitorais na Tanzânia, aliada da China
O Departamento de Estado dos Estados Unidos veio a público nesta segunda-feira, 2, para denunciar o que chamou de “irregularidades generalizadas observadas durante as eleições na Tanzânia”, país que é um dos principais parceiros da China na África Oriental. Na última sexta-feira, o presidente John Magufuli foi anunciado como reeleito com 84% dos votos. A...
O Departamento de Estado dos Estados Unidos veio a público nesta segunda-feira, 2, para denunciar o que chamou de “irregularidades generalizadas observadas durante as eleições na Tanzânia”, país que é um dos principais parceiros da China na África Oriental. Na última sexta-feira, o presidente John Magufuli foi anunciado como reeleito com 84% dos votos.
A comissão eleitoral nacional disse que Magufuli recebeu 12,5 milhões de votos, enquanto o principal candidato da oposição, Tundu Lissu, recebeu 1,9 milhão, 13% do total. Enquanto isso, o partido governista conquistou maioria no Parlamento suficiente para mudar a constituição do país. Lissu rejeitou a votação alegando “irregularidades generalizadas” e convocou manifestações pacíficas. A oposição alega que observadores do processo eleitoral foram retirados dos locais de votação e que a internet sofreu um "apagão" durante a jornada de sufrágios.
“Os Estados Unidos elogiam o povo tanzaniano por tentar exercer seu direito de voto nas eleições gerais de 28 de outubro. No entanto, continuamos profundamente preocupados com relatos credíveis de irregularidades generalizadas e significativas, interrupção da Internet, prisões e violência por parte das forças de segurança na Tanzânia continental e em Zanzibar”, declarou Cale Brown, porta-voz adjunto do Departamento de Estado. “Estas irregularidades põem em xeque o compromisso da Tanzânia com os valores democráticos. Embora a Comissão Eleitoral da Tanzânia tenha declarado o Presidente Magufuli em 30 de outubro como o vencedor da disputa presidencial, continuamos profundamente preocupados com o impacto dessas irregularidades e violência nos resultado”, acrescentou o diplomata.
Além de denunciar fraudes, o governo americano informou que está avaliando impor sanções contra pessoas que foram identificadas como responsáveis pelas irregularidades. “Os Estados Unidos, em coordenação com nossos parceiros, irão considerar ações incluindo restrições de visto, para responsabilizar aqueles que forem considerados responsáveis por abusos de direitos humanos e interferência no processo eleitoral”, disse Brown.
A China é a maior parceira comercial da Tanzânia, além de ser a principal fonte de investimento estrangeiro direto no país africano. Na semana passada, o governo chinês anunciou que abriu seu mercado de soja para exportações da Tanzânia, em uma tentativa de reduzir a dependência de fornecedores brasileiros e norte-americanos.
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Comentários (2)
Leonor
2020-11-03 02:58:38as pessoas fraudam mesmo as eleições. mas nos EUA, o sistema é que frauda.
Odete6
2020-11-02 15:57:28Pelas expressões debochadas já dá pra deduzir!!!... 😤😤😤