As razões por trás da paralisia de 65 dias do Congresso
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, marcou uma sessão conjunta do Congresso Nacional para o dia 4 de novembro. Líderes partidários vão se reunir na véspera para definir a pauta, já que há uma extensa fila de projetos e vetos à espera da análise dos parlamentares. A última sessão deliberativa ocorreu há 65 dias --...
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, marcou uma sessão conjunta do Congresso Nacional para o dia 4 de novembro. Líderes partidários vão se reunir na véspera para definir a pauta, já que há uma extensa fila de projetos e vetos à espera da análise dos parlamentares. A última sessão deliberativa ocorreu há 65 dias -- em 20 de agosto, deputados e senadores se reuniram e derrubaram dois vetos do presidente Jair Bolsonaro. Seis dias depois, houve uma sessão solene para a promulgação da PEC que tornou permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb.
Desde então, não houve mais sessões conjuntas do Congresso, nem solenes, nem deliberativas. Uma reunião de senadores e deputados chegou a ser marcada para 30 de setembro, mas foi cancelada por Alcolumbre com a justificativa de que faltou acordo para deliberar sobre vetos polêmicos, como a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
São três as principais razões que explicam a paralisia completa das votações conjuntas no Legislativo. A primeira delas é a eleição municipal. De 31 de agosto a 16 de setembro, os líderes políticos estiveram em seus respectivos estados para realizar as convenções partidárias.
Com o sistema de votação remota, seria possível fazer deliberações e destravar a pauta, mas os parlamentares preferiram dedicar 100% do tempo para as candidaturas de aliados, parentes ou deles próprios -- 66 deputados e três senadores concorrem na eleição de 15 de novembro.
Outro motivo para a falta de votações é a dificuldade em chegar a acordos sobre a pauta. Temas de difícil consenso estão à espera de deliberação, como os vetos ao pacote anticrime, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro no Natal do ano passado. Há 10 meses, os vetos impostos por Bolsonaro a 25 itens da proposta aguardam a análise dos parlamentares. Deputados de esquerda, do Centrão e bolsonaristas, com o apoio do Planalto, querem derrubar parte dos vetos.
Um dos pontos controversos é uma mudança feita pelo Congresso na Lei de Improbidade Administrativa e vetada por Bolsonaro a pedido do então ministro da Justiça, Sergio Moro, posteriormente. Agora, os parlamentares querem derrubar o veto para que réus em ações de improbidade administrativa tenham o poder de assinar os chamados acordos de não persecução, mesmo depois de recebidas as denúncias e iniciados os processos.
Por fim, o projeto de reeleição de Davi Alcolumbre é mais um fator que contribui para a estagnação do Legislativo. Sem querer desagradar a colegas ou entrar em bolas divididas, o presidente do Senado não quer ter de gerenciar os conflitos em torno da definição das pautas. Também quer evitar desgastar sua imagem com a eventual aprovação de projetos e derrubadas de vetos que gerem repercussão negativa.
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Comentários (10)
Vera
2020-10-27 10:55:40É muito deboche para com a sociedade que rebola pra escapar de assaltos de bala perdida de medo do corona e esses vagabundos se lixando para o martírio do povo ! Um dia vcs haverão de pagar por esse escárnio para com a sociedade ! Corja indecente !
Nelson
2020-10-26 20:47:08Este local fechado dá mais lucro ao país
Eduardo
2020-10-26 13:27:12Como sempre os interesses do país ficam relegados a segundo plano. Suas Excelências não deveriam receber salário já que não estão trabalhando.
Odete6
2020-10-25 18:04:47As razões se resumem numa só: "malandragem" em todos os piores sentidos!!!!
Sônia
2020-10-25 15:03:50Um Senado composto por 🐀na sua GDE maioria e tendo um engavetador sem escrúpulos na presidência
Laercio
2020-10-25 14:47:40Serve pra nada..!! Faz falta nenhuma ficar fechado..!! Se ficar mais 6 meses agente esquece q existe aí fica facil fechar..!!
Sinval
2020-10-25 12:55:22Já que não produz nada, é melhor fechar de uma vez, pois a economia para o país será muito grande.
BELLE ZEBU
2020-10-25 12:52:04em economia shit coin eram moedas de paísecos, no brasil de hoje é a moeda respeitada no senado federal. um verdadeiro "pe-cú-nio" exceção honrosa do muda senado.
Odete6
2020-10-25 11:00:53Exceto se estiver no grupo "MUDA SENADO", a faxina deverá ser geral!!! Meu voto a atual legislatura não leva.
Neusa
2020-10-25 10:50:29Não votarei em nenhum canditado ligado ao atual Congresso! 65 dias do nosso dinheiro jogado na cueca dos " nobres patlamentares" ! Quadrilha instalada na República bananeira! Nojo pelo descaso e desrespeito a gestão de Estado! Ruas e urnas só o que nos restam!!