Delegado do caso Chico Rodrigues investigou família Sarney e atua em inquérito sobre interferência na PF
Um inesperado pedido do senador Chico Rodrigues, do DEM, para ir ao banheiro intrigou o delegado Wedson Cajé Lopes durante cumprimento de busca e apreensão na última quarta-feira, 14. A desconfiança aumentou quando ele percebeu um “grande volume” de “formato retangular” na região das nádegas do então vice-líder no Senado do governo de Jair Bolsonaro....
Um inesperado pedido do senador Chico Rodrigues, do DEM, para ir ao banheiro intrigou o delegado Wedson Cajé Lopes durante cumprimento de busca e apreensão na última quarta-feira, 14. A desconfiança aumentou quando ele percebeu um “grande volume” de “formato retangular” na região das nádegas do então vice-líder no Senado do governo de Jair Bolsonaro. As cenas seguintes dessa história ficaram nacionalmente conhecidas após Crusoé revelar o caso envolvendo o aliado do presidente.
Cajé Lopes é delegado desde 2014 e esse faro para o malfeito durante uma diligência é resultado da experiência acumulada em algumas operações e investigações em que ele atuou nos últimos anos.
Atualmente, o delegado está lotado no Serviço de Inquéritos Especiais, o Sinq, em Brasília, que cuida das investigações que envolvem políticos e demais pessoas com foro privilegiado. Entre os casos mais rumorosos em que Lopes atua está o inquérito aberto com base nas acusações do ex-ministro Sergio Moro sobre possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF.
Ao lado de sua chefe no Sinq, a delegada Christiane Correa Machado, Cajé Lopes chegou a tomar o depoimento de Moro, do ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, e de outros citados no caso.
Antes de trabalhar em Brasília, ele estava no Maranhão onde comandou uma das maiores operações da história recente do estado, a Sermões aos Peixes. A investigação avançou sobre desvios do governo Roseana Sarney e chegou a conduzir coercitivamente para depor o cunhado da ex-governadora, Ricardo Murad.
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Comentários (5)
Fabio
2020-10-16 19:34:02Que reportagem horrível. Combate à corrupção não deve ter nome, sobretudo de servidores. Isto deve ser o cotidiano. Menos heróis e mais trabalho sério e anônimo! Em regra, quem quer desenvolver um trabalho sério não está preocupado com holofotes. Pelo contrário!
Getulio
2020-10-16 14:54:21Como a vida tem suas ironias! Apostando na geleia real da impunidade, os políticos se acostumaram a enfiar na fenda glútea do contribuinte -- criatura inerme que a todos remunera -- as faturas do (des)governo. Agora, um deles foi apanhado com dinheiro escondido no sulco glúteo, vulgarmente conhecido como rego. Alguns de seus colegas parecem revoltados; afinal, não houve tempo suficiente para repartir o espólio ou butim. Que injustiça! Seja como for, quem quer mesmo um abraço forte de afogado?
Sônia
2020-10-16 09:20:36Sarney o padrinho político de Alcolumbre o lengavetador do DEM ,continua ativo e impune
Sven
2020-10-16 08:54:10“Faro para o malfeito durante uma diligência”?! O volume de formato retangular dentro das calças até o cachorro da casa iria estranhar...
Casemiro
2020-10-16 07:40:26Se investigou os Sarney e ninguém foi preso, já começou mal. Essa praga ainda assola o Maranhão.