O julgamento de Ricardo Salles por fraude ambiental em SP
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto), será julgado na próxima quinta-feira, 15, na segunda instância da Justiça de São Paulo, na ação em que é acusado pelo Ministério Público paulista de cometer fraude ambiental. O julgamento foi pautado pelo desembargador José Helton Nogueira Diefenthaler, relator do caso na 1ª Câmara Reservada ao Meio...
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto), será julgado na próxima quinta-feira, 15, na segunda instância da Justiça de São Paulo, na ação em que é acusado pelo Ministério Público paulista de cometer fraude ambiental.
O julgamento foi pautado pelo desembargador José Helton Nogueira Diefenthaler, relator do caso na 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente da corte estadual, e pode resultar na perda dos direitos políticos do ministro.
Salles conseguiu adiar o julgamento que estava marcado para setembro, alegando que a sentença emitida pelo juiz da primeira instância, em 2018, ocorreu de forma "açodada" e que ele sofre "pressão midiática".
O ministro foi condenado em dezembro daquele ano, pouco antes de assumir o cargo a convite do presidente Jair Bolsonaro. A promotoria paulista o acusa de adulterar "de forma dolosa" o plano de manejo da várzea do Rio Tietê, em São Paulo, para "atender aos interesses econômicos" de empresas mineradoras associadas à Federação das Indústrias do Estado, a Fiesp. Tanto Salles quanto a entidade negam as irregularidades.
Classificadas pelo MP paulista como "manobras maliciosas e fraudulentas", as alterações foram feitas clandestinamente por Salles, em 2016, quando ele era secretário do Meio Ambiente na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin, do PSDB. As modificações no texto da nova legislação e nos mapas ocorreram no gabinete dele, a partir de um lobby feito pela Fiesp, depois que a versão original do plano já havia sido aprovada nas câmaras técnicas.
Em julho, Crusoé revelou que, entre as empresas que seriam beneficiadas pelas alterações feitas pelo atual ministro do Meio Ambiente, no que constituiria a "primeira boiada" passada por ele para flexibilizar regras ambientais, está a Ibar, uma mineradora que pertence à família do deputado federal Guilherme Mussi, dirigente do Progressistas que havia indicado Salles para o cargo no governo paulista em 2016.
A Fiesp, que tinha o pai de Mussi e dono da Ibar como um dos diretores da área ambiental à época da fraude, também foi condenada junto com Salles na primeira instância. Agora, um segundo inquérito aberto pelo MP investiga se as empresas beneficiadas participaram da adulteração do plano ambiental.
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Comentários (10)
Sergio
2020-10-13 19:57:48Justamente estas condutas que o qualificaram para ser um ministro do governo Bolsonaro!
Lilian
2020-10-13 03:55:56Esse sim é um monstro capitalista da pior espécie. O agro brasileiro é podre, sem qualquer parâmetro que não seja o lucro... e ele empurrando e protegendo os interesses dessa corja.
André
2020-10-12 18:42:44Esse fdp é responsável, junto com Bolsonaro e seus generais bundões pelas absurdas queimadas na Amazônia, Pantanal, Chapada dos Viadeiros e outros biomas nacionais. A História vai mostrar o que esses animais fizeram ao Brasil! É muito triste tanta ignorância e falta de patriotismo! Os índios têm direito sim às suas terras e a riqueza q contém. Estavam lá antes até do descobrimento do Brasil. Nossos biomas devem ser protegidos p/ polícias florestais, pela polícia federal, estadual e p/ Exército!
Ronaldo
2020-10-12 16:48:42O que aconteceu com o tempo verbal sem margem de dúvida? Na maior parte do texto houve este cuidado, mas nestes trechos... ...Foram feitas clandestinamente <=> teriam sido feitas... ...ocorreram no gabinete <=> teriam ocorrido...
Oswaldo
2020-10-12 11:59:57Cadeia, não pega, só no Brasil segunda instância solta vagabundo, Gilmar, e Marco Aurélio garantem
Solange
2020-10-12 11:29:12O crime está no poder
Helio
2020-10-12 10:32:35Ricardo Sales e excelente ministro . Muito competente , conhece do que fala. Apenas com um ministro , com este perfil e capaz de acabar ONGS esquerdistas , bancadas com nosso dinheiro.
Flávio
2020-10-12 08:53:22Mussi + 1 libanês safado a lucrar com roubo do Povo Brasileiro
Heloisa
2020-10-12 08:30:45É um dos ministros apedeutas lambe botas, da mesma cepa do DON FAMILÍCIA. Esperar o que deste cara???
Vera
2020-10-12 06:39:05Sem palavras. É uma vergonha atrás da outra.