Em nova denúncia, PGR acusa Witzel de chefiar organização criminosa
A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (foto), pela prática do crime de organização criminosa. Desta vez, ele é acusado de chefiar um grupo formado para desviar recursos públicos. A peça mira, ainda, a primeira-dama, Helena Witzel, o presidente afastado do PSC, Pastor Everaldo, e outras nove pessoas. Assinada pela...
A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (foto), pela prática do crime de organização criminosa. Desta vez, ele é acusado de chefiar um grupo formado para desviar recursos públicos. A peça mira, ainda, a primeira-dama, Helena Witzel, o presidente afastado do PSC, Pastor Everaldo, e outras nove pessoas.
Assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, a denúncia baseia-se em provas colhidas nas operações Favorito, Placebo e Tris in Idem. De acordo com a PGR, o esquema teve início em 2017, com a cooptação de Witzel para concorrer ao Palácio Guanabara. À época, quando ainda era juiz federal, ele teria recebido quase 1 milhão de reais.
A organização criminosa, diz a PGR, continha quatro núcleos. No topo da pirâmide, a frente política era integrada por Witzel e Pastor Everaldo. Conforme a denúncia, o governador afastado teve participação em todas as irregularidades, loteando os recursos públicos em prol da organização criminosa, recebendo vantagens ilícitas e lavando dinheiro a partir do escritório de advocacia da primeira-dama.
O núcleo econômico, segue o Ministério Público, contava com empresários, como Mário Peixoto, e lobistas interessados em contratos públicos, os quais ofereceram propina a políticos e gestores públicos. Já ex-secretários como Edmar Santos e Lucas Tristão integravam o setor administrativo, que administrava os valores ilícitos.
O último núcleo, chamado de financeiro-operacional, contava com Helena Witzel e outros três nomes. A eles, segundo a PGR, cabia o recebimento e repasse da propina, ocultando a real origem do dinheiro.
Na área de saúde, por exemplo, o grupo teria instituído uma espécie de "caixinha" para pagamentos ilícitos a agentes públicos. Atuava-se, principalmente, por meio do direcionamento de contratações de organizações sociais e na cobrança de um "pedágio" sobre a destinação de restos a pagar aos fornecedores.
“Nesse diapasão, a organização criminosa, somente com esse esquema ilícito de contratação de organizações sociais na área de saúde, tinha por pretensão angariar quase 400 milhões de reais em valores ilícitos, ao final de quatro anos, na medida em que objetivava cobrar 5% de propina de todos os contratos”, pontuou a subprocuradora-geral da República.
Além da condenação dos integrantes da suposta organização criminosa, Lindôra pede que o Superior Tribunal de Justiça decrete a perda dos cargos públicos dos denunciados e determine o pagamento de indenização mínima, no valor de 100 milhões de reais.
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Comentários (5)
Paulo
2020-09-15 11:29:19Careca safado!!!
Aparecida
2020-09-15 11:13:19São farinha do mesmo saco!
Nelson
2020-09-15 04:16:30Viva a República Cleptocrática do Brasil !
Manuel
2020-09-14 22:58:47Os cidadãos do RJ acreditaram que ao votar em um juiz ao menos estariam votando em alguém íntegro porém foi uma surpresa para todos os brasileiros. Pensamos que votamos em um candidado escolhido pelo povo porém votamos na verdade em um candidato escolhido por algum partido político.
Moyses
2020-09-14 20:50:46Não há o que comentar. O País está na mão de gângsters.