Com pedidos de socorro e 'golpe do príncipe nigeriano', correio de Bolsonaro recebe mais de 80 cartas por dia

Em média, 87 correspondências chegam por dia ao Palácio da Alvorada e ao Planalto endereçadas ao presidente Jair Bolsonaro. Muitas vezes escritas à mão, em envelopes rudimentares, as cartas trazem, em geral, pedidos de cidadãos. As demandas são as mais variadas: desde reivindicações por moradia, terra e pensões a pedidos de aposentadoria. Há também nas caixas de mensagens do presidente ofertas inusitadas, como uma proposta fake de doação de 500 bilhões de dólares, conhecida como o "golpe do príncipe nigeriano”, que chegou a ser analisada pelo Ministério da Economia, e uma sugestão de investimento em “empresas quânticas”.

Dados da Presidência da República mostram que Jair Bolsonaro já recebeu 47.756 correspondências, do início de seu mandato até o final de julho. Mais de nove mil são cartas tradicionais que chegaram ao gabinete. Mas o grosso das comunicações acontece mesmo é pelo canal “Fale com o Presidente”, um sistema eletrônico que permite ao contribuinte escrever diretamente para o email do chefe do Planalto. A plataforma já contabilizou mais de 37 mil mensagens. Ao receber as cartas, a equipe presidencial costumar encaminhar as demandas aos ministérios responsáveis e responder aos cidadãos sobre as providências que foram tomadas com relação aos assuntos abordados.