A volta dos benefícios que nunca se foram
Associações representantes de juízes e procuradores já definiram sua resolução para 2019: mais dinheiro, mesmo ultrapassando o teto de vencimentos, correspondente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Jayme de Oliveira (foto), quer pedir ao presidente do STF, Dias Toffoli, a instituição do adicional do tempo...
Associações representantes de juízes e procuradores já definiram sua resolução para 2019: mais dinheiro, mesmo ultrapassando o teto de vencimentos, correspondente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Jayme de Oliveira (foto), quer pedir ao presidente do STF, Dias Toffoli, a instituição do adicional do tempo de serviço para a categoria.
O benefício foi incorporado à remuneração dos juízes por emenda constitucional, para se adequar ao limite dado pelos salários do Supremo. Mas Oliveira defende que ele volte de uma forma apartada, mesmo que isso fure o teto. "Não tem jeito como ficar vivendo do jeito que a magistratura está vivendo, o dia inteiro sangrando", lamentou o juiz em O Globo.
Ao mesmo tempo, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) se preparam para mudar de novo as regras da concessão do auxílio-moradia. O benefício deveria ser extinto, se valesse o previsto na negociação que levou o presidente Michel Temer a autorizar o reajuste salarial dos ministros do Supremo. Permaneceu, mas com limites.
As duas entidades veem brechas no texto que mudou a concessão do benefício que poderia ampliar o alcance para mais juízes e procuradores. Um artigo do texto prevê que as novas regras serão válidas até a aprovação de uma resolução conjunta sobre o tema entre o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público.
É nesta resolução conjunta que as associações querem investir. Ao Estado de S. Paulo, o presidente da Ajufe, Fernando Mendes, defendeu uma "discussão aprofundada" sobre o auxílio-moradia. Uma sugestão a ser aprofundada é o pagamento para juízes que trabalhem no Norte do País e em zonas de fronteiras. Não se fala em aprofundamento para pagar menos.
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Comentários (10)
Jose
2018-12-27 23:50:29Por que o Judiciário e o Legislativo NÃO cumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal ?
CARLOS
2018-12-26 13:12:57Onde está o shutdown tupiniquim? Acabou dinheiro, manda o povo para casa, e sem salário...
Jarcedi
2018-12-26 09:00:20A diferença entre magistrados e políticos é que políticos são eleitos. Com raríssimas exceções, o caráter é o mesmo.
ALEXANDRE
2018-12-25 22:31:29Fazer o trabalho para que eles são generosamente pagos, eles não fazem. Que seria julgar rapidamente e com rigor.
CARLOS
2018-12-25 22:03:45Que país difícil de se viver. Cada casta quer cada vez mais, sem querer saber quem paga a conta. Uma hora o pagador se revolta e acaba de vez com isso. Haja limite.
Bruno
2018-12-25 22:00:20Class de malandros.
Stanley
2018-12-25 21:17:15O judiciário brasileiro é uma vergonha. CANALHAS oportunistas!!!
Ezio
2018-12-25 18:15:38Quem sangra não só o dia inteiro, mas o ano inteiro é a população brasileira produtiva, que está cansada de pagar impostos para engordar esses chupins, que só pensam em ganhar mais e sem se preocupar em dar retorno em serviços e assistência para quem paga seus já estupendos salários. Parecem que estão fora da realidade.
Roberto
2018-12-25 17:12:00Se não acabarmos com essas formas de sustentar as classes especiais e corruptas que depois da Constituição, feita por exilados e que nunca deveriam ter tido a anistia ,este país como disse Roberto Campos será ingovernável
Luiz
2018-12-25 17:07:36A Justiça é uma Injustiça, no Brasil! Vergonha pátria!