Tempo seco favorece queimadas e testa proibição do governo
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou neste sábado um aumento de 28% dos focos de incêndio na Amazônia (foto) em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado. "A maior diferença entre este ano e o ano passado é a quantidade de chuvas. O ano de 2020 está sendo mais seco que...
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou neste sábado um aumento de 28% dos focos de incêndio na Amazônia (foto) em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado.
"A maior diferença entre este ano e o ano passado é a quantidade de chuvas. O ano de 2020 está sendo mais seco que o de 2019, o que significa uma possibilidade maior de incêndios florestais", diz o americano Daniel Nepstad, diretor-executivo do Earth Innovation Institute, nos Estados Unidos.
No dia 16 de julho, o Diário Oficial da União publicou um decreto proibindo as queimadas em áreas rurais durante 120 dias. É um prazo abrangente, uma vez que as queimadas geralmente acontecem entre agosto e outubro. A suspensão vale para todo o território nacional, mas não se aplica às práticas agrícolas de subsistência.
Além da Amazônia, o Pantanal também tem sofrido com a estiagem. Nessa região, o número de focos triplicou em julho, na comparação com julho de 2019. "Somente o tempo seco não explica um aumento de queimadas, mas isso pode facilitar muito os incêndios florestais como os que estamos vendo no Pantanal", diz o engenheiro florestal Mauro Armelin, diretor-executivo da ONG Amigos da Terra. "Pode ser que o novo discurso do governo e a proibição de queimadas estejam surtindo algum efeito, mas para saber isso será preciso mais tempo e mais análises."
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Comentários (1)
Antonio
2020-08-04 16:15:04O texto cita um americano com a opinião dele bem inútil de que com menos chuva há mais queimadas, o que é óbvio. O outro citado é de uma ONG, e assim nada se aproveita do artigo. Que tal abordar em algum outro artigo, os incêndios nas florestas tropicais da Rep Democrática do Congo e a destruição das florestas da Indonésia para agricultura, principalmente da Palma. O artigo poderia abordar como reagem as ONGs nesses casos e as diferenças de tratamento, etc, além dos impactos no meio ambiente