Utilizadas no tratamento do diabetes tipo 2, da obesidade e do sobrepeso, as canetas emagrecedoras ganharam grande popularidade, especialmente entre pessoas que buscavam métodos mais eficazes para emagrecer.
Entretanto, o preço sempre foi um dos principais obstáculos para se ter acesso ao produto, já que medicamentos de marcas importadas, como o Ozempic, podem custar entre R$ 800 e R$ 1.300 por caneta.
Só que a partir deste mês, esta situação pode mudar totalmente, uma vez que a farmacêutica EMS passou a produzir versões totalmente nacionais do medicamento, que já ganharam o apelido de “Ozempic brasileiro”.
Comercializadas sob os nomes Olire e Lirux, , as novas opções começaram a ser distribuídas em farmácias de todo o país nesta segunda-feira (4), com preços de 10% a 20% inferiores aos praticados por outras marcas.
Desta forma, embalagens com uma única caneta podem ser encontradas a partir de R$ 307,26. Já a embalagem do Lirux com duas unidades tem preço sugerido de R$ 507,07, enquanto o Olire com três canetas pode custar cerca de R$ 760,61.
Características do “Ozempic brasileiro”
Diferente do Ozempic original, cujo princípio ativo é a semaglutida, os novos medicamentos são compostos por liraglutida, que necessita de utilização diária.
Apesar disso, eles também contam com diferenças na utilização, uma vez que o Olire é o mais recomendado para o tratamento de obesidade, enquanto o foco do Lirux será no combate do diabetes tipo 2.
De acordo com a EMS, as canetas possuem concentração de 6 mg/ml e permitem a aplicação de doses fracionadas de até 0,6 mg por vez. No entanto, enquanto a dosagem máxima diária do Lirux pode chegar a 1,8 mg, a do Olire pode atingir até 3 mg, seguindo prescrição médica.
Nova caneta emagrecedora pode contar com semaglutida em algum momento?
A liraglutida foi escolhida como princípio ativo das novas canetas emagrecedoras porque sua patente já expirou no Brasil, diferentemente da semaglutida, cujos direitos ainda pertencem à Novo Nordisk, fabricante do Ozempic.
Entretanto, a EMS já afirmou que pretende desenvolver sua própria versão com o composto a partir do segundo semestre de 2026. Até lá, a farmacêutica afirmou que planeja produzir 250 mil unidades do Lirux e Olire com a fórmula atual.