A Starlink, empresa de Elon Musk, anunciou que, a partir de julho, sua tecnologia “Direct to Cell” estará disponível nos Estados Unidos.
Este serviço permitirá a conexão direta de satélites a smartphones, sem a necessidade de antenas especiais. Inicialmente, o foco será nas mensagens de SMS, MMS e pequenos áudios, com expansão para dados e navegação móvel a partir de outubro.
Este avanço tem como objetivo ampliar o alcance das telecomunicações em áreas remotas sem cobertura tradicional.
Tecnologia sem fronteiras
A “Direct to Cell” destaca-se pela capacidade de conectar satélites diretamente aos celulares, eliminando a dependência de torres de telefonia.
Essa inovação promete revolucionar a acessibilidade digital, especialmente em locais remotos. Nos EUA, a T-Mobile já firmou parceria para integrar a tecnologia em seus serviços.
Globalmente, a Starlink está em testes com operadoras no Japão, Austrália, América do Sul, e parcerias têm sido estabelecidas com empresas como KDDI, Optus e Entel, indicando um movimento em direção a uma cobertura mais ampla e inclusiva.
Expansão planejada e compatibilidade
A Starlink prepara sua entrada em novos mercados, com ênfase na América do Sul, incluindo Chile e Peru, através de acordos com a Entel. O Brasil, embora ainda sem data oficial para implementação, está no radar.
Uma das vantagens desta tecnologia é a inexistência de necessidade de alterações nos aparelhos celulares; basta possuírem sistemas operacionais atualizados. Modelos recentes das principais fabricantes, como Apple, Samsung, Motorola e Google, são compatíveis, abrangendo grande parte dos usuários globais.
- Apple: IPhone 14, 15 e 16;
- Samsung: Galaxy A14 até A54, Galaxy S21 até S25, e os modelos Z Flip 3 até Z Flip 6;
- Motorola: Moto G Power 5G (2024) e o Razr Plus (2024);
- Google: Pixel 9.
Impacto no mercado de telecomunicações
A introdução do “Direct to Cell” tem a capacidade de transformar o cenário das telecomunicações. Com a capacidade de cobrir zonas rurais e regiões de difícil acesso, o mercado deve adaptar-se a uma nova dinâmica de oferta e demanda.
A Starlink, ao eliminar barreiras geográficas, pode redefinir a percepção de conectividade global. Isso coloca a empresa como um competidor chave em um segmento altamente disputado.
À medida que a Starlink se prepara para o lançamento oficial, as expectativas crescem sobre como o serviço irá integrar-se com parcerias e coberturas ao redor do mundo. Para o Brasil, enquanto espera-se o anúncio oficial da implementação, o interesse e a proximidade geográfica com países em fase de testes tornam o cenário promissor.