As exportações do Rio Grande do Sul para os Estados Unidos enfrentam uma nova barreira significativa. O estado brasileiro pode sofrer um impacto econômico de US$ 1,58 bilhão devido às tarifas de 50% impostas pelo governo americano.
Conforme dados do Sistema Fiergs, 85,7% das exportações industriais gaúchas estão sob risco, considerando que poucos produtos foram incluídos nas exceções da tarifa. Este cenário causa preocupação nas 1.100 indústrias que compõem 10% das exportações brasileiras para os EUA.
Produtos em risco e impacto local
A nova tarifação implica que apenas uma pequena parte dos produtos do Rio Grande do Sul escapou das tarifas. Setores como minerais não metálicos, máquinas elétricas e madeira são especialmente afetados, refletindo diretamente na economia e emprego locais.
A indústria de calçados de couro, que emprega cerca de 31.555 pessoas, já sente o impacto. Com 47,5% das exportações destinadas aos EUA, encontrar novos mercados é um desafio, levando empresas a darem férias coletivas por falta de demanda.
Medidas do governo e alternativas de mercado
Diante do cenário, o governo brasileirp se esforça para aliviar a crise comercial. As tarifas impactam 3,3% das exportações brasileiras em geral, mas essa cifra não reflete a severidade para estados dependentes, como o Rio Grande do Sul.
As discussões sobre o acordo Mercosul-União Europeia são vistas como alternativas promissoras, já que podem facilitar o redirecionamento de exportações a novos mercados.
A diversificação de mercados não é apenas uma estratégia, mas uma necessidade para sustentar a economia local. Empresas buscam expandir sua atuação em regiões diferentes, minimizando prejuízos e mantendo o fluxo de vendas diante das restrições impostas.
Cenário nacional
No Brasil, as tarifas atingem majoritariamente os estados do Sul e Sudeste, elevando a pressão econômica em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em resposta, empresas de vários setores adotam medidas para se adaptarem às novas condições de comércio com os EUA.
A busca por diversificação geográfica é primordial. No agronegócio, as empresas procuram destinos alternativos para produtos anteriormente exportados aos Estados Unidos, o que demanda rapidez na adaptação às novas regulamentações e necessidades dos mercados-alvo.