Cerca de 35 mil estudantes brasileiros caíram em um golpe durante o período de inscrições para a edição do Enem de 2024.
Os criminosos desviaram aproximadamente R$ 3 milhões ao criar sites falsos que imitavam o portal oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A Polícia Federal deflagrou a “Operação Só Oficial” na última quinta-feira (10), para desarticular esse esquema.
Os golpistas induziram os estudantes a pagar a taxa de R$ 85 via Pix, com o valor desviado para contas de terceiros. Como consequência, as vítimas não conseguiram validar suas inscrições no sistema oficial do Enem, prejudicando sua participação no exame.
Como o esquema foi descoberto?
Os criminosos replicaram o visual do site oficial do MEC/Inep, atraindo estudantes por meio de anúncios pagos nas redes sociais. As páginas falsas orientavam os candidatos a preencher dados pessoais e realizar o pagamento, acreditando que estavam num ambiente seguro.
A fraude veio à tona após denúncias de candidatos que, mesmo pagando, não constavam como inscritos no sistema do Inep. A operação policial resultou em mandados de busca em São Paulo e no Rio de Janeiro. A Justiça determinou o bloqueio de bens dos envolvidos para tentar recuperar parte do prejuízo.
A “Operação Só Oficial” destacou a extensão desse golpe. A Polícia Federal conseguiu identificar quatro páginas fraudulentas, continuando a buscar por outros portais similares. Os suspeitos poderão ser acusados de crimes como estelionato e associação criminosa.
Medidas preventivas
Além do impacto financeiro, os estudantes perderam a oportunidade de participar do Enem devido à falta de confirmação das inscrições.
Para evitar fraudes semelhantes, é essencial que os candidatos realizem a inscrição somente no site gov.br e destinem os pagamentos exclusivamente ao Inep. É fundamental não clicar em links de redes sociais ou mensagens até confirmar sua legitimidade.
Os futuros candidatos devem estar cientes dos riscos e da necessidade de proteger suas informações pessoais. Com a digitalização crescente dos processos, o público precisa ser educado sobre eventuais armadilhas digitais.