Um robô cirurgião, operando com inteligência artificial (IA), realizou com sucesso sua primeira cirurgia em um paciente humano.
O procedimento aconteceu na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, no dia 9 de julho, e envolveu a remoção de uma vesícula biliar.
Este avanço representa uma evolução na cirurgia robótica, destacando o potencial da IA em executar decisões clínicas de forma autônoma e precisa.
Avanços na cirurgia robótica
O robô utilizado, denominado SRT-H, operou de forma independente. Ele foi treinado com vídeos de procedimentos reais, permitindo que se adaptasse a situações imprevistas durante a cirurgia.
Este marco foi precedido por experimentos bem-sucedidos com o robô STAR em 2022. Na época, o STAR realizou uma cirurgia em um porco vivo em condições controladas. Essa experiência estabeleceu as bases para o atual sucesso com operações em humanos. O SRT-H supera essas limitações, adaptando-se a cenários inesperados sem necessidade de intervenção humana.
Enquanto a tecnologia avança, os cirurgiões mantêm um papel essencial, atuando mais como supervisores do que executores. A presença humana ainda é vital para decisões complexas e planejamento estratégico durante os procedimentos.
Desafios pendentes
Apesar dos resultados promissores do SRT-H, alguns desafios ainda precisam ser superados. O robô não lida completamente com imprevistos comuns em organismos vivos, como sangramentos e mudanças respiratórias. Por isso, mais testes são essenciais para garantir que ele opere de maneira segura e eficaz em situações clínicas reais.
O SRT-H ainda conta com operadores humanos para tarefas auxiliares, como troca de instrumentos, ressaltando a importância contínua do papel humano no processo cirúrgico. A plena autonomia permanece um objetivo técnico a ser alcançado.
Impacto e oportunidades futuras
A introdução do SRT-H tem potencial para transformar o cenário das cirurgias. Com a tecnologia avançando, espera-se que robôs realizem procedimentos complexos, reduzindo riscos de erros humanos e aumentando a precisão cirúrgica.
A implementação desse sistema requer atenção aos detalhes clínicos e à gestão de situações inesperadas, ainda muito dependentes da experiência e julgamento humanos.
Até o momento, o foco está em expandir as capacidades do SRT-H, integrando-o a diversos tipos de cirurgias. Esse feito surge como promissor para a engenharia médica, com a expectativa de que a combinação entre tecnologia e medicina poderá redefinir o conceito de cuidado à saúde.