Ocupando o 4° lugar do Top 10 da Netflix, a série documental “Os Assassinatos do Tylenol” está chamando a atenção do público, ao retratar a história chocante de mortes relacionadas a um remédio que é bastante popular no Brasil. Os casos ocorreram em 1982, quando sete pessoas morreram subitamente na região de Chicago, desencadeando uma investigação que resultou na descoberta que todos tinham ingerido cápsulas de Tylenol contaminadas com cianeto.
Em “Caso Arquivado: Os Assassinatos do Tylenol”, a série com três episódios aborda como um medicamento comum se transformou em uma arma letal e causou pânico pelos Estados Unidos, fazendo com que uma intensa investigação fosse feita. Após essas mortes, a indústria farmacêutica precisou lidar com séries mudanças, para que houvesse protocolos mais efetivos de segurança e legislação para a distribuição dos medicamentos.
Entenda melhor o que ocorreu em Os Assassinatos do Tylenol
Em setembro de 1982, sete pessoas morreram de forma repentina e isso chamou a atenção das autoridades, visto que todas tinham algo em comum: terem consumido cápsulas de Tylenol Extra Forte. Após investigação, foi descoberto que havia cianeto de potássio na composição, um veneno mortal para o ser humano. O primeiro caso ocorreu com Mary Kellerman, de 12 anos, que ingeriu o remédio e morreu em poucos minutos. No mesmo dia, Adam Janus, carteiro de 27 anos, também sucumbiu ao veneno.
Outros membros da família de Janus foram atingidos e o irmão dele, Stanley, e sua esposa, Theresa, tomaram cápsulas do mesmo frasco e também morreram. As mortes foram se acumulando e três dias depois, foi a vez de Mary McFarland, 31, Paula Prince, 35, e Mary Lynn Reiner, 27, que tiveram o mesmo diagnóstico de morte súbita.
De acordo com a reportagem da CNN de 2024, quem desconfiou da ligação entre o Tylenol e as mortes foi a enfermeira Helen Jensen, que trabalhava em Arlington Heights. Quando visitou a casa da família Janus, viu que foram retiradas seis cápsulas do medicamento do mesmo frasco. Conforme a investigação avançou, foi comprovado que o Tylenol tinha sido adulterado, pois seu pó original foi substituído por cianeto antes de recolocá-las nas prateleiras de farmácias e supermercados da região.
Isso fez com que mais de 31 milhões de frascos fossem recolhidos das prateleiras de todo o país, para evitar novos óbitos. A Johnson & Johnson, dona da McNeil Consumer Products, fabricante do Tylenol, precisou agir rápido e fez um alerta em massa contra o consumo do produto.