O Brasil enfrenta um período de incerteza que pode alterar o cenário do mercado de proteína animal. Diversos países suspenderam temporariamente as importações de carne de frango devido à gripe aviária detectada em uma granja comercial em Montenegro, Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (16).
Ao contrário do que muitos imaginam, essas suspensões podem causar uma queda significativa nos preços de ovos e frango no mercado interno.
Impacto dos embargos nos preços
Países da União Europeia, da China e Japão anunciaram embargos à carne de frango brasileira, visando conter a disseminação da gripe aviária.
Com as exportações interrompidas, há um aumento da oferta no mercado interno. Este excesso pode pressionar os preços para baixo, já que não houve um aumento correspondente na demanda dos consumidores.
Oferta no mercado interno e ajustes
Desde o início dos embargos, o mercado brasileiro passou a lidar com um aumento na oferta de ovos e frango.
O excedente levou a um ambiente de pressão competitiva entre os produtores para evitar o acúmulo de estoque.
Embora os consumidores estejam experienciando preços mais baixos, essa tendência pode ser de curta duração, já que a indústria deve ajustar a produção para equilibrar oferta e demanda internas.
Perspectivas de exportações
Os embargos às exportações de carne de frango devem durar entre um e dois meses, de acordo com as informações disponíveis.
Após esse período, os preços podem retornar ao nível anterior, caso as relações comerciais internacionais sejam restabelecidas rapidamente.
Situação atual da gripe aviária
Desde a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul, medidas rigorosas têm sido implementadas para conter o surto.
Mais de 1,7 milhão de ovos foram destruídos como parte dos esforços de controle. As autoridades brasileiras continuam vigilantes, com medidas de inspeção e controle em propriedades próximas.
Em suma, a curto prazo, os consumidores brasileiros podem encontrar preços reduzidos em ovos e frango. No entanto, a situação demanda vigilância constante das condições de mercado, à medida que o Brasil trabalha para controlar o surto e negociar o fim dos embargos.