Atualmente, o Brasil já soma mais de 25 milhões de aposentados e pensionistas, que recebem um valor mensal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Mas apesar de ser um direito adquirido por conta do tempo de contribuição destas pessoas, o benefício pode dar início a uma grande crise muito em breve.
Isso porque uma grande parcela do orçamento público é hoje consumido por aposentadorias, pensões e auxílios. E caso não haja uma mudança estrutural no sistema, estima-se que o sistema previdenciário brasileiro pode entrar em colapso.
Vale destacar que, embora quatro grandes reformas já tenham sido realizadas, nenhuma delas conseguiu garantir a sustentabilidade do modelo.
Inclusive, de acordo com um artigo publicado recentemente, estima-se que o déficit do INSS, que continua aumentando, pode chegar a R$ 725 bilhões até 2029 (via Diário do Comércio).
Nova reforma precisa ocorrer com urgência, alerta especialista
Dados apresentados pelo economista e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rogério Nagamine, apontam a necessidade urgente de uma nova reforma.
Através de um estudo, ele destacou que discussões sobre o tópico deveriam ocorrer em meados de 2027, logo no início do próximo governo, para tentar conter os efeitos negativos, principalmente para os que dependem da aposentadoria (via Instituto de Longevidade).
Justificativas para o crescimento de aposentadorias e aumento dos riscos
Além do crescimento da população idosa, a concessão de aposentadorias rurais também contribuiu para o aumento dos números no Brasil, alcançando 1,19 milhão em 2024.
A significativa expansão da cobertura previdenciária também resultou, no longo prazo, em um crescimento proporcional do número de benefícios concedidos.
Vale destacar que a combinação entre o grande número de aposentados e a queda da taxa de natalidade também tem gerado preocupações entre especialistas, pois com menos pessoas em idade ativa e mais idosos, o sistema pode enfrentar um desequilíbrio financeiro grave.