As tempestades Nor’easters, fenômenos conhecidos por suas chuvas intensas e capacidade destrutiva, estão prestes a se intensificar por causa das mudanças climáticas, ameaçando a Costa Leste dos EUA.
De acordo com um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, que analisou dados de 900 tempestades entre 1940 e 2025, a velocidade máxima dos ventos dessas tempestades aumentou cerca de 6% desde 1940. Isso resulta em um potencial de destruição 20% maior.
O impacto na Costa Leste dos EUA
Essas tempestades são alimentadas pelo encontro entre o ar frio do Ártico e o ar quente e úmido do Atlântico, impactando severamente cidades como Nova York, Washington e Boston.
A “Tempestade do Século” de 1993 já demonstrou o quão devastadoras podem ser, causando a morte de mais de 200 pessoas e ventos de até 160 km/h. Outro exemplo é o “Snowmageddon” de 2010, que causou colapso na infraestrutura e deixou dezenas de mortos.
Crescimento nas chuvas e nevascas
O estudo também mostrou um aumento de 10% nas taxas de chuvas e nevascas associadas a essas tempestades.
Este crescimento é impulsionado pelos oceanos e atmosferas mais quentes, que provocam mais evaporação e, consequentemente, uma maior quantidade de umidade atmosférica disponível.
Essa condição aumenta o risco de inundações frequentes e severas, um perigo frequentemente subestimado pelas autoridades locais.
Necessidade de preparação
Especialistas defendem que medidas preventivas são essenciais para mitigar os danos. Preparar comunidades é mais econômico e eficaz do que remediar desastres.
Cidades da Costa Leste devem revisar suas estratégias de mitigação e investir em infraestruturas resilientes para enfrentar futuras tempestades Nor’easters.
Mudanças climáticas e as tempestades
As mudanças climáticas estão intimamente ligadas ao comportamento dessas tempestades. Ainda que os invernos possam se tornar mais curtos, a intensidade dos eventos climáticos extremos pode aumentar, desafiando previsões convencionais.
Essa dualidade demonstra a complexidade do cenário climático atual e reforça a necessidade de pesquisa contínua.