Cientistas dos Estados Unidos lançaram um teste doméstico que promete aprimorar o diagnóstico precoce do Alzheimer.
Nomeado como AROMHA Brain Health Test, este método destaca-se por sua capacidade de identificar sutilmente alterações na função olfativa, um sinal inicial da doença.
Como funciona o AROMHA Brain Health Test?
Desenvolvido com o suporte de entidades significativas no campo da saúde, o AROMHA Brain Health Test se baseia na habilidade dos usuários de identificar e memorizar cheiros a partir de cartões odoríferos. O procedimento é simples e pode ser realizado na própria casa do paciente, sem necessidade de aplicação médica presencial.
O foco do teste é reconhecer mudanças iniciais na capacidade olfativa. Essa habilidade oferece uma vantagem significativa, ao permitir intervenções mais precoces, que poderiam retardar o avanço da doença.

Eficiência do teste validada
Estudos comparativos indicam que adultos com comprometimento cognitivo leve têm dificuldade em identificar cheiros em comparação aos saudáveis. Isso sugere que o teste é um potencial indicador precoce para o Alzheimer.
A confiabilidade do teste foi reforçada pela sua eficácia mesmo entre indivíduos com perda total do olfato. Esses resultados ressaltam a importância da avaliação olfativa como indicador de riscos para futuros declínios cognitivos.
O papel do olfato na detecção precoce do Alzheimer
O vínculo entre o olfato e o Alzheimer é estudado há décadas. Áreas do cérebro responsáveis por processar cheiros são afetadas precocemente pela doença.
As proteínas associadas ao Alzheimer se depositam em áreas como o córtex olfativo, podendo impactar a capacidade olfativa bem antes que outros sintomas sejam evidentes.
O AROMHA, ao incluir avaliações da memória olfativa e componentes metacognitivos, potencializa sua sensibilidade para detectar sinais iniciais de deterioração cognitiva.
Perspectivas para o Brasil e estudos futuros
No Brasil, a demência atinge 8,5% da população idosa, conforme dados do Ministério da Saúde de 2024. Isso representa aproximadamente 2,71 milhões de pessoas. Métodos como o AROMHA podem ajudar a reverter essa tendência. Contudo, a incorporação de tais tecnologias no sistema de saúde brasileiro enfrenta desafios.
Futuramente, os cientistas devem correlacionar os dados obtidos com biomarcadores laboratoriais e de imagem para melhorar o diagnóstico da doença. Espera-se também um acompanhamento contínuo dos participantes do teste, a fim de validar sua eficácia como preditor de declínio cognitivo.
Em síntese, o AROMHA Brain Health Test se projeta como uma ferramenta inovadora e promissora no diagnóstico precoce do Alzheimer. Embora ainda não seja amplamente disponível, ele marca um avanço significativo em direção a diagnósticos acessíveis e precisos.