Uma pesquisa recente, realizada pelo Congresso Internacional de Transplantes, apresentou resultados que prometem revolucionar o tratamento para diabetes.
De acordo com Quentin Perrier, um dos responsáveis pelo estudo, há esperanças de que a novidade possa, um dia, eliminar a necessidade de injeções de insulina.
Isso porque os pesquisadores utilizaram impressoras 3D para produzir células pancreáticas humanas que, segundo o portal G1, permaneceram vivas em tubos de ensaio por até três semanas. Além disso, elas ainda se mostraram funcionalmente eficientes, liberando insulina em resposta à glicose.
Com a assistência de anestesia local e uma pequena incisão, estas células poderiam ser implantadas em pacientes com diabetes tipo 1, reduzindo ou substituindo assim as injeções diárias.
Vale destacar que ainda são necessários mais estudos e testes clínicos para comprovar a eficácia e a segurança da técnica. Por isso, sua aplicação em larga escala pode levar ainda alguns anos.
Como as células para tratamento de pacientes diabéticos foram desenvolvidas?
Para desenvolver estas células pancreáticas, cientistas utilizaram uma biotinta feita de tecido pancreático humano sem componentes celulares e alginato, um composto extraído de algas marinhas.
Com isso, eles conseguiram imprimir células de ilhotas pancreáticas humanas, que apresentaram maior sensibilidade à glicose, reagindo de forma eficaz aos níveis de açúcar no sangue sem se aglomerar ou se romper.
Outros tipos de transplante de células para tratamento de pacientes diabéticos
Apesar das ilhotas bioimpressas serem uma grande novidade, existem pesquisas como a da Vertex Pharmaceuticals, que estão explorando terapias com células-tronco para o tratamento do diabetes tipo 1.
Conhecido como “Zimislecel”, o novo tratamento demonstrou eficácia em estudo recente, no qual 10 dos 12 pacientes diabéticos deixaram de depender da insulina.
Também há pesquisas focadas em dispositivos que podem substituir as injeções, como adesivos inteligentes com células geneticamente modificadas que liberam insulina sob demanda. Com esses avanços, a cura do diabetes começa a se tornar uma possibilidade real.