Com auxílio de telescópios de rádio e observatórios de raios X, astrônomos fizeram a descoberta de um estranho incidente no centro da Via Láctea.
Identificado em um filamento galáctico batizado de G359.13–0.20, apelidado de “A Serpente”, o ocorrido em questão é uma espécie de “fratura” na gigantesca estrutura que atravessa o centro da galáxia.
Estendendo-se por cerca de 230 anos-luz, o filamento em questão apresentava um padrão contínuo e estável, até que os dados revelaram a existência da deformação.
Além da deformação na estrutura, a ruptura também parece estar causando alterações no comportamento do campo magnético e emissões anômalas de energia.
Até o momento, não foi revelado se o evento causará algum efeito nos planetas da Via Láctea, mas ele vem deixando os cientistas profundamente intrigados.
O que causou a ruptura na estrutura da Via Láctea?
Conhecidos popularmente como “ossos galácticos”, os filamentos são imensas faixas de partículas altamente energéticas que percorrem a galáxia, delineando o formato espiral.
A descoberta em questão, que foi interpretada como um “osso quebrado”, pode ter sido causada pela passagem de uma densa estrela de neutrôns, chamada de pulsar.
O corpo celeste pode ter colidido com a estrutura a uma velocidade estimada entre 1,6 e 3,2 milhões de quilômetros por hora, e de acordo com a hipótese mais forte, distorceu os campos magnéticos do “osso”.
Embora não tenha sido possível observar diretamente o objeto que causou o dano, o impacto também deixou uma trilha de partículas energéticas, que pode ser detectada por equipamentos sensíveis a ondas de rádio e raios X (via Tribuna de Minas).
Apesar da preocupação, os cientistas também relataram que o ocorrido pode ser fundamental para desvendar mais segredos do universo, entendendo melhor como as ações de forças extremas podem afetar a formação de galáxias, moldando constelações através de uma dinâmica violenta.