Apesar da ida do homem à Lua ser alvo de teorias da conspiração até os dias de hoje, um estudo feito pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) tornou a discussão ainda mais complexa.
Baseando-se em dados do observatório Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), a pesquisa revelou que, tecnicamente, nenhuma missão espacial deixou a atmosfera terrestre até hoje.
Através de seu canal oficial no YouTube, a agência espacial dos Estados Unidos publicou um vídeo no qual o especialista em heliofísica Doug Rowland esclarece a afirmação.
De acordo com o material, a ideia popular de que a atmosfera termina em uma camada finita que se dissipa antes de atingir a órbita da Terra é incorreta, pois não há um limite claramente definido para ela. Na realidade, ela se torna progressivamente mais fraca, mas continua a se espalhar.
Considerando que a atmosfera terrestre – ou mais especificamente, camada extremamente tênue de átomos de hidrogênio que compõe a exosfera, chamada de “geocorona” – pode se estender por até 629 mil quilômetros, é correto afirmar que até mesmo a Lua ainda estaria dentro deste espaço.
Até onde vai a atmosfera da Terra?
Ainda durante o vídeo, Doug Rowland também explicou de forma prática sobre como os “limites” da atmosfera terrestre são definidos para fins legais e operacionais.
Tendo como base a “linha de Kármán”, que é adotada pela comunidade internacional como o “começo” do espaço, tecnicamente a atmosfera chegaria ao fim por volta dos 400 quilômetros.
Isso porque, nessa distância, a densidade do ar deixa de ter um efeito significativo sobre os objetos. Entretanto, vale lembrar que essa fronteira é apenas uma convenção, pois através de uma perspectiva científica mais rigorosa, sabe-se que a atmosfera se prolonga muito mais do que se imagina. A distância pode fazer com que ela se dissipe e se dilua até extremos quase imperceptíveis, mas ela nunca desaparece completamente.