Apesar dos obstáculos do estado natural do corpo celeste, como a falta de atmosfera, temperaturas extremas e radiação, a ocupação da Lua é uma possibilidade que vem sendo estudada há muitos anos por diversas agências espaciais e empresas privadas.
E os Estados Unidos podem ter dado um importante passo importante neste objetivo por conta de uma proposta da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA).
Anunciada como parte do programa Artemis, que visa garantir uma ocupação humana contínua no satélite, o plano da agência inclui a construção de um reator nuclear na Lua, com previsão de funcionamento até 2030.
Como o satélite natural não recebe luz solar suficiente para possibilitar o uso de tecnologias mais sustentáveis, muitos cientistas passaram a concordar que apenas a energia nuclear poderia manter operações contínuas no ambiente hostil da Lua.
O projeto busca desenvolver um reator de 100 quilowatts para alimentar uma base lunar primária. Agora, resta aguardar os próximos 5 anos para acompanhar seu progresso.
Plano da NASA envolve interesses políticos
Muito além do interesse científico, o novo projeto da NASA também está cercado de interesses políticos. Afinal, vale lembrar que países como a China e a Rússia também já revelaram planos de construir estações nucleares na Lua.
Logo, em uma tentativa de manter liderança na atual disputa, o secretário de Transportes dos Estados Unidos, que atualmente atua como chefe interino da NASA, definiu a diretriz para acelerar a construção para 2030.
Orçamento da NASA pode afetar projeto
Montar uma base sustentável em um local hostil como a Lua exige uma logística complexa, com vários lançamentos, uso de robótica avançada e sistemas de suporte à vida em grande escala.
E considerando que a NASA vem enfrentado cortes orçamentários severos, que podem resultar na redução de 24% nos investimentos em 2026, a viabilidade do projeto foi colocada em xeque.
Até o momento, a agência parece estar dedicada ao objetivo, principalmente para garantir o sucesso do programa Artemis. No entanto, atrasos no cronograma são uma possibilidade.