Estudos científicos já comprovaram que a rotação da Terra está gradualmente desacelerando ao longo do tempo, e embora ocorra de forma extremamente sutil em escalas humanas, o fenômeno é comprovadamente real e quantificável.
Baseando-se registros geológicos, fósseis e observações astronômicas, especialistas identificaram que, por conta disso, a duração dos dias aumenta, em média, cerca de 1,7 milissegundo por século.
E apesar de parecer insignificante em um primeiro momento, esta pequena variação pode, ao longo de anos, provocar um acréscimo relevante no tempo necessário para a Terra completar uma rotação.
De acordo com as estimativas atuais, dentro de aproximadamente 250 milhões de anos, é provável que os dias na Terra passem a ter 25 horas de duração, por conta da influência de diversos fatores, tais como:
- Forças de maré da Lua: ao exercer força gravitacional sobre a Terra e provocar marés, a Lua contribui para a transferência de energia rotacional do planeta. Contudo, ela diminuindo a velocidade de rotação do planeta ao se afastar gradualmente durante o processo;
- Agitação do núcleo externo: o movimento contínuo do núcleo externo líquido de ferro, combinado com as forças gravitacionais do manto rochoso, pode afetar a rotação do núcleo interno sólido da Terra, desacelerando a velocidade;
- Flutuações no campo magnético: o campo magnético da Terra, produzido pelo núcleo externo, pode interagir com o núcleo interno, levando a variações na sua rotação.
É possível impedir a desaceleração da Terra?
A diminuição da velocidade de rotação da Terra é interpretada como um fenômeno natural e contínuo, e portanto, não há nenhuma forma comprovada de impedi-lo.
Contudo, vale destacar que, desde o início do monitoramento da velocidade da Terra em 1960, foram registradas acelerações que resultaram em dias mais curtos.
Por se tratarem de variações mínimas, ainda não se sabe se essas acelerações podem afetar o processo natural de desaceleração. Porém, foi identificada uma certa frequência neste tipo de ocorrência.