Os oceanos cobrem aproximadamente 70% da superfície do planeta. Porém, cerca de 80% do fundo marinho permanece inexplorado, de acordo com dados de 2022 da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.
Isso levanta uma questão intrigante: Por que conhecemos mais sobre o espaço do que sobre os mistérios abissais das profundezas oceânicas?
Quem está na linha de frente da exploração?
A exploração do oceano envolve agências como a NOAA e a Unesco, apoiadas por cientistas e pesquisadores ao redor do mundo. As pesquisas iniciaram há décadas, mas o avanço tem sido lento devido aos desafios técnicos e financeiros.
Atividades de mapeamento e estudo se concentram em regiões como a Fossa das Marianas, que atinge quase 11 quilômetros de profundidade e representa o ponto mais profundo conhecido.
Por que a tecnologia ainda é limitada?
Explorar as profundezas do mar não é tarefa fácil. A pressão aumenta dramaticamente a cada 10 metros, tornando o ambiente abaixo de três mil metros quase inóspito.
Veículos submersíveis não tripulados, como drones submersíveis e veículos operados remotamente, surgem como soluções. Contudo, o uso desses equipamentos é caro e tecnicamente desafiador.
Custos financeiros
Os altos custos representam um dos maiores desafios na exploração marinha. A logística requer submarinos especializados e investimentos altos.
Programas globais como o Seabed 2030 são fundamentais, pois visam mapear todos os fundos oceânicos até 2030. Essa iniciativa depende de cooperação internacional e recursos extensivos.
O que o futuro reserva?
Estima-se que, com os avanços tecnológicos, o mapeamento completo dos oceanos possa ser finalizado em décadas, em vez de séculos. Esses esforços devem focar no investimento em tecnologias avançadas e em parcerias internacionais comprometidas com a exploração sustentável e responsável.
Concluindo, a vasta extensão do fundo do mar permanece, em grande parte, um território inexplorado. As barreiras tecnológicas e financeiras são grandes, mas a potencial recompensa científica, médica e ambiental faz com que a exploração dos abismos oceânicos seja de interesse estratégico mundial.