Em 2016, o mundo celebrou a vitória de Leonardo DiCaprio na 88ª edição do Oscar, quando o ator recebeu sua primeira estatueta por seu desempenho no filme O Regresso, de Alejandro González Iñárritu.
Mas, apesar desta ter sido sua primeira vitória pessoal, este não é o único Oscar de Leonardo DiCaprio, uma vez que ele também tem um troféu que pertenceu a Marlon Brando, dado de presente pelo empresário malaio Jho Low.
Ou ao menos tinha, já que autoridades norte-americanas passaram a exigir a devolução da estatueta depois que Low, que financiou o filme O Lobo de Wall Street, estrelado por DiCaprio, protagonizou um grande escândalo financeiro.
De acordo com o portal Entertainment Tonight, o empresário enfrentou acusações de fraude bilionária em um fundo de investimentos. Atualmente ele continua foragido, com rumores indicando que ele estaria buscando refúgio em Mianmar.
Para colaborar com as investigações, DiCaprio devolveu o Oscar de Brando às autoridades em 2017, de acordo com seus representantes. Após o encerramento do caso, a Academia poderá comprá-lo de volta por apenas US$ 1.
Organização exigiu que Leonardo DiCaprio também devolvesse pagamentos
Além da devolução do presente recebido de Jho Low, a organização anticorrupção Transparency International, com sede na Alemanha, chegou a solicitar que Leonardo DiCaprio devolvesse toda a quantia recebida por sua participação em O Lobo de Wall Street.
Estima-se que o ator tenha recebido cerca de US$ 10 milhões por protagonizar o longa de Martin Scorsese. Sua participação como produtor, no entanto, pode ter aumentado ainda mais o cachê total.
Na época, DiCaprio declarou que devolveria qualquer valor vinculado a práticas de corrupção. Contudo, embora seu nome tenha sido citado no escândalo financeiro, não há informações de que ele tivesse conhecimento das irregularidades envolvendo Low e outros produtores.
Vale lembrar que este não foi o único escândalo envolvendo o ator e o filme, uma vez que o executivo Andrew Greene, que foi representado em O Lobo de Wall Street por conta de sua conexão na vida real com o personagem de DiCaprio (Jordan Belfort), processou Scorsese e os estúdios Paramount por danos morais, alegando ter sido mal representado.