O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou que, a partir de 23 de maio, próxima sexta-feira, passará a exigir reconhecimento facial para a liberação de novos empréstimos consignados.
A medida, válida para aposentados e pensionistas, será implementada através da plataforma Meu INSS, em linha com as bases do governo federal.
O objetivo é aumentar a segurança e corrigir vulnerabilidades no sistema após diversas denúncias de fraudes no setor, principalmente envolvendo autorizações sem consentimento.
Fraudes e iniciativas
Esquemas de fraude no INSS têm sido alvo de intensas investigações nos últimos anos, com relatos de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Estatísticas revelam que, em 2023, houve o registro de 35 mil reclamações sobre empréstimos indevidamente liberados, conforme auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).
A nova implementação da biometria surge como uma resposta do INSS para mitigar esses riscos, proporcionando uma camada adicional de proteção para os segurados.
Biometria na prática
A decisão afetará todas as operações de crédito consignado, incluindo novos contratos, refinanciamentos e portabilidades.
A modalidade de crédito, que opera com desconto direto em folha e oferece menores taxas de juros, exige segurança robusta.
Com a biometria, o INSS busca restaurar a confiança dos beneficiários e evitar novos incidentes de fraude. A expectativa é que a medida não só proteja, mas também estabeleça novos padrões de segurança e eficácia nos processos do instituto.
Adaptações e suporte aos beneficiários
O anúncio gerou discussões entre beneficiários e especialistas, que destacaram a importância de adaptações tecnológicas e educacionais para garantir um acesso inclusivo ao procedimento.
O INSS está, portanto, implementando suporte técnico e informativo, com o objetivo de facilitar o entendimento e uso da tecnologia por parte dos segurados.