Um raro e surpreendente caso médico foi diagnosticado no Reino Unido, onde um homem de 50 anos conviveu com um verme parasita no cérebro por quatro anos.
Esse episódio começou a se desenrolar quando o paciente procurou cuidados médicos devido a dores de cabeça persistentes. Uma investigação detalhada, incluindo uma ressonância magnética, revelou o causador do problema: o verme Spirometra erinaceieuropaei.
Esse parasita, conhecido por ser extremamente raro em humanos, foi registrado com casos isolados ao redor do mundo. O diagnóstico, ocorrido em 2014, impressionou a comunidade médica, que até então não havia identificado essa infecção no país.
Modos de infecção do Spirometra
O Spirometra geralmente se aloja no intestino e pode atingir humanos através do consumo de crustáceos, répteis, anfíbios ou ainda pela aplicação de uma peculiar pomada feita de sapo, usada em práticas medicinais no Extremo Oriente.
Curiosamente, o paciente chinês pode ter contraído a infecção durante uma viagem ao seu país natal. No caso dele, o parasita percorreu uma distância de 5 centímetros no cérebro, tornando este episódio um marco na medicina.
Outros parasitas e seus impactos
Infecções parasitárias no cérebro não são tão raras em escala global quanto se poderia imaginar. Outro exemplo é a meningite eosinofílica, causada pelo Angiostrongylus cantonensis, um parasita que normalmente habita moluscos.
Essa doença se manifesta por meio do consumo de folhas ou vegetais contaminados, especialmente em localidades como o Havaí e a Tailândia.
Detecção e intervenção médica
A detecção precoce de infecções por meio de ressonância magnética é vital, apesar de essa técnica não ser específica para identificar Spirometra diretamente. No entanto, as imagens são fundamentais para apontar anomalias e guiar procedimentos cirúrgicos de remoção.
A análise genética desse verme também contribui para a criação de um banco de dados genômico, que é fundamental para desenvolver tratamentos eficazes contra infecções parasitárias no cérebro.
Medidas de higiene como lavar bem os alimentos e cozinhar adequadamente carnes e frutos do mar são essenciais para prevenir essas infecções.