Apesar do desejo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de aprovar a PEC que mudaria as regras de reeleição do Executivo o quanto antes, divergências podem acabar adiando a votação.
De acordo com senadores, o texto atual não agrada a uma grande parcela do Senado, incluindo Alcolumbre, resultando em um grande impasse.
O problema estaria centrado principalmente nos trechos que modificam a duração de mandatos, incluindo os de senadores, e unificam as eleições municipais e nacionais, gerando resistência entre os representantes.
Aliados de Alcolumbre afirmam que o presidente do Senado ainda defende a extinção da reeleição no Executivo. Porém, por conta das divergências, ele pode adiar a análise da proposta para o segundo semestre de 2025.
Outros senadores ainda apontam que a PEC pode gerar ainda mais problemas na Câmara dos Deputados, uma vez que a unificação de datas pode ser prejudicial para campanhas municipais, na avaliação de parlamentares.
Relator da PEC do fim da reeleição negocia aprovação no plenário
Em entrevista à Rádio Eldorado, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é o relator da PEC do fim da reeleição, comentou sobre a importância do projeto.
Segundo o político, a reeleição “foi um grande malefício à gestão pública” pois os gestores “voltam a sua cabeça visando mais resultados eleitorais do que uma gestão eficaz, o que prejudica obras estruturantes de médio e longo prazo” (via Istoé).
Com isso, Castro afirmou que pretende se reunir com Davi Alcolumbre e o plenário para negociar a votação, afirmando estar disposto a fazer acordos, caso necessário, retomando a proposta original que previa mandato de dez anos para senadores.
Enquanto isso, o futuro da PEC permanece incerto. Por mais que a meta de tentar aprovar o projeto ainda este ano continue sendo o objetivo central, agora, é essencial resolver as diferenças entre as partes.