O Telescópio Espacial James Webb registrou a destruição de um planeta por sua própria estrela, revelando um raro evento de engolfamento planetário.
Este fenômeno, observado em 2020, foi analisado detalhadamente com dados coletados posteriormente, após o início das operações do telescópio em 2022. Pesquisadores do NOIRLab da Fundação Nacional de Ciências dos EUA conduziram a análise.
Localizado a aproximadamente 12 mil anos-luz da Terra, na constelação de Áquila, o planeta, do tipo “Júpiter quente”, espiralou em direção à sua estrela ao longo do tempo. Essa movimentação gradual culminou em uma colisão, diferente da ideia inicial de expansão estelar que consumiria o planeta.
Revelações do James Webb
As observações do Webb, operando com alta sensibilidade, revelaram um anel de gás quente e uma nuvem de poeira fria em expansão ao redor da estrela. Isso forneceu um entendimento mais preciso do engolfamento planetário.
A estrela, menos luminosa e com 70% da massa do Sol, influenciou a deterioração da órbita do planeta, sugerindo que a alteração gravitacional gradual foi o principal fator para o seu destino final.
Essas descobertas levantam a possibilidade de que planetas possam ser atraídos lentamente para a estrela, em vez de simplesmente serem consumidos pela sua expansão.
Implicações para o sistema solar
Embora o evento tenha ocorrido a uma grande distância, ele traz novas perguntas sobre o futuro do Sistema Solar. Especialistas prevêem que, em cerca de 5 bilhões de anos, o Sol pode entrar na fase de gigante vermelha, potencialmente engolindo Mercúrio, Vênus e talvez a Terra.
As observações sugerem que o destino dos planetas internos pode ocorrer através de espirais lentamente das órbitas, ao invés de uma expansão súbita. Embora esses eventos estejam a bilhões de anos de distância, eles destacam a importância de compreender melhor o comportamento estelar e a dinâmica planetária.
Novas perspectivas para a astronomia
A análise detalhada pelo telescópio James Webb desafia as concepções anteriores sobre a interação entre estrelas e planetas no final de suas vidas.
As imagens e dados coletados são fundamentais para aprofundar o conhecimento sobre a interação complexa entre esses corpos celestes.
O Webb tem um papel essencial na exploração espacial moderna e continua a fornecer dados valiosos que lançam novas luzes sobre o funcionamento do universo e os fenômenos cósmicos que, até então, eram apenas especulativos.