Um estudo recente realizado pela DataBrasil, a pedido do portal Poder360, revelou um dado preocupante: 1,4 milhão de famílias no Brasil estariam omitindo seus cônjuges para se qualificar ao Bolsa Família.
Essa prática, identificada a partir de cruzamentos de dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e do IBGE, impacta diretamente a distribuição dos benefícios.
Segundo o levantamento, essa omissão é facilitada porque uma família é considerada elegível ao auxílio quando a renda per capita não ultrapassa R$ 218. Não declarar um dos cônjuges reduz a renda média aparente da família, tornando-a apta a receber o benefício.
Onde e por que isso acontece?
Este fenômeno abrange sobretudo municípios com menor fiscalização e locais mais carentes. A pesquisa aponta que em 38% dos municípios brasileiros, há famílias que omitem a presença do cônjuge no cadastro.
Essas omissões são, em parte, impulsionadas pela falta de oportunidades formais de emprego e pela fragilidade no mercado de trabalho, levando algumas famílias a adotarem tais práticas.
Outro fator que contribui é a ausência de endereços formalizados em áreas pobres, o que dificulta o rastreamento e a fiscalização dos dados fornecidos.
Medidas necessárias
A continuidade do programa sem fraudes demanda medidas rigorosas. Mais que modernizar o sistema, é vital fortalecer a integração entre diversas esferas governamentais.
A cooperação eficiente, apoiada por tecnologia avançada, pode assegurar que o Bolsa Família alcance quem realmente necessita.
Espera-se que as ações coordenadas estejam consolidadas, garantindo transparência e justiça na concessão dos benefícios.