O nome “Angustias”, com forte simbolismo religioso ligado a Nossa Senhora das Angústias, não é registrado na Argentina há mais de 70 anos.
Este nome, que outrora simbolizava o sofrimento materno de Maria durante a crucificação de Jesus, deixou de figurar nos registros devido a transformações culturais que priorizam significados mais positivos.
Desde meados do século 20, o país passou a adotar nomes que transmitissem bem-estar e otimismo, refletindo mudanças sociais significativas.
Lei 18.248
A Argentina regulamenta a escolha de nomes de forma rigorosa, evitando aqueles com conotações negativas.
A Lei 18.248 estabelece que os nomes não devem ser extravagantes, ridículos ou suscitar confusões quanto ao gênero, defendendo a dignidade e evitando constrangimentos futuros. Além disso, nomes que fazem alusão a personagens fictícios ou figuras históricas polêmicas são evitados.
Essa legislação reflete uma ética social que visa proteger a criança desde o nascimento, influenciando escolhas feitas pelos pais.
A busca por nomes que representem esperança
Nomes como “Angustias” foram gradualmente excluídos por trazerem associações de sofrimento. Hoje, os pais argentinos privilegiam nomes que comunicam alegria e esperança.
Nomes agradáveis e com qualidades positivas são preferidos, sendo visível nos registros civis uma clara transição da tradição religiosa para escolhas mais modernas.
Influências da onomástica e regulamentações
A onomástica, o estudo dos nomes próprios, mostra como os significados evoluem conforme o tempo e o contexto cultural.
Na Argentina, a escolha de nomes é cuidadosamente regulamentada para aderir aos valores culturais e éticos, evitando assim associações pejorativas ou históricas controversas. Essa preocupação visa proteger a integridade e a identidade das crianças.