O skiplagging é uma tática intrigante que vem ganhando popularidade entre os viajantes que buscam economizar em passagens aéreas.
Esta prática envolve a compra de bilhetes com escalas, mas o passageiro desembarca no ponto de conexão, que é o seu verdadeiro destino, ignorando o restante do trecho. O “truque” baseia-se na constatação de que passagens com escalas costumam ser mais baratas do que voos diretos.
Esse método está no centro de um debate com as companhias aéreas, que alegam perdas financeiras. A prática de overbooking é comum entre as empresas para maximizar lucros, mas o skiplagging representa uma dor de cabeça adicional ao deixar assentos vazios em trechos subsequentes.
O funcionamento e os riscos
Para os adeptos do skiplagging, é crucial viajar apenas com bagagem de mão, pois as malas despachadas serão enviadas ao destino final oficial do bilhete.
As companhias aéreas costumam monitorar essa prática e podem aplicar sanções a passageiros frequentes, como a perda de milhas acumuladas ou mesmo impedir futuras viagens.
Embora os termos de algumas empresas proíbam essa estratégia, regulamentações específicas ainda não foram definidas por órgãos como a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Tecnologia: O motor do skiplagging
Plataformas tecnológicas como o site Skiplagged têm facilitado o processo, permitindo que usuários encontrem passagens mais acessíveis por meio das chamadas “cidades escondidas”.
Contudo, mesmo com tecnologia ao seu favor, a repetição da tática com a mesma companhia aérea pode chamar atenção e resultar em restrições futuras.
O enigma econômico
A economia proporcionada pelo skiplagging é inegável, mas levanta questões sobre a viabilidade dessa tática a longo prazo. A prática impacta diretamente as receitas das companhias aéreas, que frequentemente ajustam suas tarifas com base em complexos modelos de mercado.
Enquanto viajantes se beneficiam da economia, as companhias argumentam que a técnica prejudica sua lucratividade ao registrar assentos vazios em trechos de conexões finais.
Críticos da prática apontam, no entanto, que as estratégias de preços das companhias, que não necessariamente seguem uma lógica de mercado evidente, contribuem para a exploração do skiplagging.