Muitas pessoas acreditam que a divisão de classes conta com apenas duas ou três categorias. No entanto, para refletir a realidade socioeconômica atual do país, esta organização passou por grandes mudanças no Brasil.
Isso porque a renda deixou de ser o único fator determinante de cada classe, uma vez que elementos como educação, localização e acesso a bens e serviços também passaram a ter peso na composição do retrato social do país.
Portanto, com o objetivo de aprofundar a compreensão sobre as desigualdades sociais e, consequentemente, orientar a formulação de políticas públicas, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) desenvolveu o Critério Brasil.
Para oferecer uma visão mais abrangente, o método divide a sociedade em 5 classes de riqueza, permitindo uma análise mais precisa das diferenças de renda e condições de vida de cada uma. São elas:
Classe A (Elite econômica)
Trata-se da parcela mais abastada da população brasileira, cuja renda é superior a 20 salários mínimos (equivalente a R$ 28.480). Além disso, famílias desta classe possuem amplo acesso a educação e bens de alto valor.
Classe B (Média alta)
Apesar de estarem abaixo da elite, aqueles com renda entre 10 e 20 salários mínimos (de R$ 14.120 a R$ 28.240) e acesso a uma boa qualidade de vida garantem a essa classe um padrão de consumo elevado e maior estabilidade econômica.
Classe C (Média emergente)
Com rendas que variam entre 4 e 10 salários mínimos (entre R$ 5.648 e R$ 14.120), esta classe já é mais numerosa. E apesar de ainda conseguir manter condições agradáveis de vida, costuma enfrentar mais obstáculos do que as anteriores.
Classe D (Baixa renda)
Sendo a mais numerosa do país, essa classe reúne famílias com renda entre 2 e 4 salários mínimos mensais (de R$ 2.824 a R$ 5.648) que, apesar das dificuldades enfrentadas, têm registrado ascensão e exercem impacto crescente na dinâmica socioeconômica brasileira.
Classe E
A base da pirâmide social corresponde às famílias em vulnerabilidade, que sobrevivem com até 2 salários mínimos mensais (R$ 2.894), e enfrentam lutas diárias para ter acesso a serviços básicos, incluindo saúde e educação.