Até hoje, os seres humanos ainda não conseguiram pousar em Marte, mas isso não impediu que estudos fossem conduzidos no planeta vermelho.
Há décadas, diversos robôs e sondas são enviados por agências espaciais para investigar o local, e por conta disso, inúmeras descobertas surpreendentes surgem com frequência.
Inclusive, nesta quinta-feira (11), foi divulgada uma pesquisa financiada pela Agência Espacial do Reino Unido que revelou indícios de habitabilidade em Marte.
Cientistas encontraram estruturas em Noachis Terra, uma região montanhosa no sul do planeta, que indicam que rios fluíam pelo local há bilhões de anos.
Chamadas de cristas fluviais sinuosas, estas estruturas extensas e interconectadas ainda serviram para comprovar que o clima de Marte já foi quente e úmido por um período geologicamente significativo.
Como foi feito o novo estudo em Marte?
Para recolher dados para mapear a localização e a forma dos sistemas de cristas, os cientistas envolvidos na pesquisa utilizaram três instrumentos orbitais.
Com isso, foi possível confirmar que estas estruturas se prolongavam por centenas de quilômetros e atingiam dezenas de metros de altura em relação ao solo, indicando a presença passada de água no local.
Vale destacar que, para os pesquisadores, esta água superficial provavelmente se manteve estável durante a transição entre os períodos Noachiano e Hesperiano, há cerca de 3,7 bilhões de anos atrás.
Pesquisas podem confirmar a possibilidade de vida em Marte?
Inegavelmente, os resultados recém-descobertos são extremamente promissores, uma vez que elas desafiam a visão de que Marte teria sido majoritariamente frio e árido, apresentando apenas raros episódios de aquecimento.
Afinal, a presença de fontes de água estável é uma forte evidência de que o planeta teve um passado habitável, com condições favoráveis mantidas por um longo período.
Entretanto, as evidências ainda não são suficientes para confirmar se houve vida em Marte. Só que ainda assim, elas podem impulsionar novas pesquisas e aprofundar as investigações.