Nesta semana, os Correios fizeram algumas movimentações, indicando uma possível greve ao divulgarem uma nota com um plano estratégico de trabalho para contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões obtido em 2024. O projeto também visa uma melhoria no fluxo de caixa da empresa, para melhorar os números atuais. Entre as medidas anunciadas está o incentivo à redução de jornada de trabalho, resultando na redução do salário dos trabalhadores.
Esse documento foi divulgado na segunda-feira (12/05) e, caso o plano seja oficializado, os Correios esperam economizar R$ 1,5 bilhão em 2025. “Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas”, afirma o texto. Embora seja uma alternativa positiva, existem alguns critérios para que a proposta entre em prática, como ter o apoio dos funcionários, pois a folha salarial da empresa é de 86 mil profissionais que serão atingidos diretamente pelas medidas.
“Neste momento, a contribuição de cada empregada e empregado, por menor que pareça, é valiosa. Juntos, temos todas as condições de superar os desafios e construir um futuro mais promissor e vitorioso para nossa equipe”, ressalta o texto.
Saiba mais detalhes da possível greve dos Correios
Diante dessas movimentações, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) também entrou com uma ação, através de uma carta, que foi enviada ao governo federal para que os Correios expliquem porque foram suspensas as férias e o trabalho remoto dos funcionários, sem aviso prévio, que são as medidas impostas pela empresas para cobrir o prejuízo bilionário no ano passado.
Como forma de represália a essas medidas, foi enviado o seguinte aviso: “Além disso, no próximo dia 21/05, lançaremos o Comitê em Defesa dos Correios da Fentect. Esse comitê será composto por representantes sindicais de todo o país e terá como missão mobilizar o Congresso Nacional, buscando uma audiência com o presidente Lula, para que ele conheça a realidade enfrentada pelos trabalhadores e ajude, mais uma vez, a salvar nossa empresa”.
Se não houver diálogo entre as partes até o dia 21 de maio, está em aberto a possibilidade dos Correios entrarem em greve mais uma vez.