O concurso da Brigada Militar 2025, planejado para o estado do Rio Grande do Sul, foi suspenso temporariamente.
A decisão foi dada pela 7ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre na última segunda-feira (12). A medida foi solicitada pelo Ministério Público, alegando que o edital para oficiais infringia a Lei Federal nº 14.751/2023.
O concurso permitia ingresso direto como capitão, desrespeitando a progressão de carreira que deve começar no cargo de cadete.
Revisão solicitada
A suspensão busca garantir que os concursos se alinhem com os novos ditames da Lei Orgânica Nacional.
A antiga norma estadual, que permitia ingresso direto, foi revogada, gerando controvérsias legais e administrativas.
A decisão judicial destaca a necessidade urgente de revisão do edital. Nomear capitães de forma direta eleva os salários a R$ 21,5 mil, o que é acima do padrão para cargos de início de carreira. Além disso, também pode resultar em nulidades administrativas e comprometer a moralidade pública.
Ajustes no concurso e consequências
Com a suspensão, o cronograma do concurso, que incluía provas objetivas programadas para junho, está paralisado.
As revisões exigidas pela nova legislação devem ser implementadas antes da retomada. Até este momento, outras seleções em andamento na Brigada Militar não foram impactadas, mas ajustes legais futuros podem ser necessários.
Agora, cabe ao governo do Rio Grande do Sul e ao Ibade, órgão responsável pela organização do concurso, ajustar o edital conforme as exigências federais. Tais mudanças visam assegurar a legalidade e a moralidade nos processos de admissão da corporação.