Quando se pensa em viagens internacionais, os países da Europa nem sempre estão na lista de grande parte dos brasileiros, apesar de suas qualidades.
Afinal, além da disparidade entre os valores do euro e do real, os custos do trajeto em si também não são nada animadores, considerando que algumas viagens podem custar centenas de euros, mesmo já estando em território europeu.
Entretanto, algumas companhias aéreas, como a Ryanair, prometem revolucionar o mercado ofertando voos a partir de de 5 € (ou R$ 32, na cotação atual), por conta de um novo e inusitado modelo de assento.
Intitulado de Skyrider 2.0, o exemplar foi desenvolvido pela italiana Aviointeriors e trata-se basicamente de um “assento vertical”, que busca maximizar a ocupação e reduzir custos, mas se tornou alvo de muitos debates.
Assentos em pé: entenda o conceito das novas viagens pela Europa
Com uma estrutura semelhante a uma sela, inclinada a 45 graus, o assento Skyrider deixa o passageiro semiereto, com cintos afivelados, como se estivesse a bordo de uma atração de parque. Desta forma, eles visam otimizar o espaço, mas sem deixar de lado a segurança.
Além de serem mais leves do que os assentos convencionais, estes modelos ocupam apenas 58 cm de espaçamento entre fileiras, permitindo assim que as aeronaves comportem até 20% mais passageiros.
A princípio, o uso do Skyrider será focado em voos curtos pela Europa, com cerca de 2 a 3 horas de duração. Portanto, ainda não se sabe se o assento também será utilizado em viagens mais longas.
Em entrevista à imprensa britânica, um porta-voz da Avionteriors afirmou que muitas empresas aéreas pretendem adotar o modelo, mas apenas a Ryanair parece estar disposta a colocá-lo em prática no momento.
Skyrider gera debate nas redes sociais
Nas redes sociais, internautas ficaram divididos a respeito da iniciativa, com alguns celebrando-a como um grande avanço na inclusão, servindo para democratizar as viagens aéreas.
Já outros classificaram o Skyrider como um retrocesso na dignidade do passageiro, levando em conta o desconforto das viagens, mesmo que de curta duração.
Contudo, há ainda uma parcela considerável de internautas que defenderam o direito de escolha do consumidor, demonstrando indiferença à decisão das empresas.