Recentemente, o Governo Federal surpreendeu a população com o anúncio de uma atualização nas regras do benefício do Bolsa Família. A alteração serve para casos em que se ultrapassa o limite de renda exigido na concessão do benefício.
De acordo com as regras atuais, para se ter direito ao benefício, a renda mensal da família precisa ser de R$ 218 por integrante, e não haverão alterações no valor.
Caso a renda seja ultrapassada, os beneficiários tem direito a receber metade do valor do auxílio durante dois anos. Mas as novas mudanças derrubarão o prazo pela metade, reduzindo para apenas um ano.
Contudo, as alterações não só entrarão em vigor somente a partir de junho, como também só serão válidas para novos beneficiários. Neste caso, as famílias que já eram beneficiadas pela norma anterior não serão atingidas.
Mudanças do Bolsa Família não tem relação com ajuste fiscal, diz ministro
Na última quinta-feira (15), as mudanças foram publicadas em portaria no Diário Oficial da União. E no dia seguinte, durante visita ao Recife, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), aproveitou para comentar sobre as alterações.
Durante uma entrevista coletiva antes da cerimônia de lançamento de um programa que oferece uma linha de crédito para microempreendedores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), Dias esclareceu que a redução não tem relação com o ajuste fiscal.
“Nada a ver com ajuste fiscal. Nós queremos que o Brasil tenha superação da pobreza. A economia [de recursos] é parte, é resultado porque a superação da pobreza leva a isso. O social agora trabalhamos como parte estratégica do econômico. Cada pessoa que deixa de estar recebendo Bolsa Família e passa a ser um cidadão incluído no econômico e tem uma renda, tem salário, fruto de um negócio, ele passa a ser um consumidor, passa a impulsionar a própria economia”, disse o ministro (via G1).