Nesta quarta-feira (28), a companhia Azul Linhas Áreas confirmou não só que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, como ainda apresentou uma revisão em seu plano de negócios.
As informações foi divulgada por meio de uma apresentação feita a investidores, e dentre as mudanças que serão adotadas pela empresa, foi anunciada uma redução de 35% na frota futura.
Apesar do drástico valor, a medida foi entendida como a mais efetiva para conter gastos, reduzir riscos e reforçar a sustentabilidade financeira da companhia
Segundo dados do balanço divulgado no primeiro trimestre de 2025, a Azul possui atualmente 184 aeronaves de passageiros em operação.
Com o novo plano em ação, é esperado que o número seja substancialmente menor ao longo dos próximos anos, gerando um impacto direto no custo fixo da empresa com leasing.
Apesar de não ter detalhado quantas unidades de quais modelos de aeronave serão afetados pela medida, a Azul indicou que a estimativa de frota de 201 aviões em 2025 passará a ser 170. Além disso, a decisão também deve afetar eventuais novas aquisições de aeronaves, uma vez que a estimativa para 2027 passa de 218 para 172.
Passageiros serão afetados por crise da Azul?
Embora as medidas tomadas pela Azul permitam que a empresa realize sua reorganização financeira sem interromper suas atividades, a situação gerou preocupação em clientes.
Entretanto, em comunicado à imprensa, a Azul confirmou que continuará operando normalmente, cumprindo todos os compromissos com clientes, incluindo até mesmo os programas de fidelidade.
“Clientes, tripulantes e parceiros continuam sendo a prioridade da Azul. A Companhia seguirá voando, operando normalmente e mantendo seus compromissos durante todo o período de reestruturação”, disse a empresa no comunicado (via Uol).
Entretanto, especialistas como o advogado Vitor Antony Ferrari, sócio do escritório Mazzucco & Mello, apontam que embora as medidas sejam essenciais, em algum momento elas afetarão a experiência dos passageiros.